Internacional

Europa promete combater racismo em momento de ‘acerto de contas’

18 set 2020, 15:31 - atualizado em 18 set 2020, 15:31
Negros Racismo Diversidade
No discurso sobre o Estado da União desta semana, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apontou para os incidentes nos EUA antes de alertar que a UE deve colocar sua própria casa em ordem (Imagem: Unsplash/@jurienh)

A indignação global com a discriminação e brutalidade policial nos Estados Unidos deve influenciar as políticas da União Europeia enquanto o braço executivo do bloco se prepara para revelar seu primeiro plano de ação antirracismo.

Os europeus enfrentam um “momento de acerto de contas” que não pode mais ser ignorado, segundo as propostas da Comissão Europeia publicadas na sexta-feira. A autoridade se comprometeu a processar países que não aplicam as rígidas leis de racismo e xenofobia do bloco.

Protestos desencadeados pelo movimento Black Lives Matter “enviaram uma mensagem clara – a mudança deve acontecer agora”, disse Vera Jourova, vice-presidente de valores e transparência da comissão, em comunicado. Avaliar até o próximo ano se as leis existentes da UE são rígidas o suficiente será prioridade.

No discurso sobre o Estado da União desta semana, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apontou para os incidentes nos EUA antes de alertar que a UE deve colocar sua própria casa em ordem.

“Quando olhamos ao redor, nos perguntamos: onde está a essência da humanidade quando três crianças em Wisconsin assistem ao pai ser baleado pela polícia enquanto estão sentados no carro?” disse.

Jourova afirmou na sexta-feira que a UE também avalia discussões com países membros sobre a possibilidade de ampliar o escopo das regras existentes sobre crimes de ódio.

Outra prioridade definida no plano é a criação de um conjunto fiável de dados para avaliar adequadamente a escala e a natureza da discriminação em toda a UE. Em comparação com os dados por outras razões de discriminação, como sexo, deficiência e idade, as informações sobre discriminação por origem étnica ou racial são escassas. Isso se deve em parte à reação de muitos países após a Segunda Guerra Mundial contra manter tais registros.

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