Even (EVEN3) dispara na bolsa após balanço do 3T25; o que fazer com as ações?

Even (EVEN3) dispara após lucro de R$ 90 milhões e anúncio de R$ 150 milhões em dividendos (Imagem: Getty Images/ leungchopan/ montagem Money Times)

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As ações da incorporadora Even (EVEN3) sobem forte nesta terça-feira (11) e figuram entre as maiores altas da bolsa.

Por volta das 14h30 (horário de Brasília), os papéis da companhia avançavam mais de 11%, negociados a R$ 8,66. Acompanhe o tempo real.

O movimento ocorre um dia após a empresa divulgar que teve lucro líquido consolidado de R$ 90 milhões no terceiro trimestre (3T25), revertendo prejuízo de R$ 110 milhões registrado no mesmo período de 2024.

Além disso, a incorporadora também anunciou o pagamento de R$ 150 milhões em dividendos intercalares, em parcela única a ser distribuída no dia 28 de novembro.

Resultados “sólidos”

Em relatório, o BTG Pactual classificou o balanço como “sólido”, destacando o bom desempenho do projeto SP Bay e números acima das expectativas — ainda que acompanhados de um consumo de caixa maior do que o previsto.

“Os resultados do terceiro trimestre da Even mostraram mais pontos positivos do que negativos”, avaliou a instituição.

A receita líquida da companhia somou R$ 529 milhões, alta anual de 39% e em linha com as projeções internas do banco.

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Já o lucro bruto ajustado atingiu R$ 196 milhões, avanço de 28% em relação ao 3T24 e 23% acima da estimativa do BTG.

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O relatório apontou, no entanto, que o fluxo de caixa foi mais fraco que o esperado, com uma queima de R$ 94 milhões e acima dos R$ 60 milhões projetados — movimento atribuído às aquisições de terrenos realizadas no trimestre.

Ao Money Times, o diretor financeiro da companhia (CFO), Marcelo Dzik, confirmou que o consumo de caixa refletiu os investimentos feitos no período, que somam R$ 2 bilhões em potencial de VGV (Valor Geral de Vendas). Confira a entrevista completa aqui.

Alavancagem confortável

Segundo o BTG, a Even encerrou o trimestre com um índice “confortável” de alavancagem de 14% (dívida líquida/VP), bem abaixo dos 23% observados um ano antes.

O banco informou que deve atualizar suas estimativas para a empresa em breve, mas, por ora, mantém recomendação neutra para as ações, ainda negociadas a 0,75 vez o valor patrimonial (P/VP).