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Ex-CEO de FTX pode ser intimado para depor ainda neste mês

08 dez 2022, 14:34 - atualizado em 08 dez 2022, 14:34
FTX crise depoimento LUNA
A informação, e a própria carta, foi divulgada em seu blog oficial, confira o documento na íntegra (Imagem: Bloomberg)

Sherrod Brown, chefe do Comitê de Assuntos Financeiros do Senado dos Estados Unidos enviou uma carta nesta quarta-feira (7), para o ex-CEO e fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, informando de que ele poderá ser intimado a prestar depoimento.

A informação, e a própria carta, foi divulgada em seu blog oficial, confira o documento na íntegra:

O comitê foi um dos órgãos do legislativo americano que abriram uma investigação sobre a falência da FTX, a segunda maior corretora de criptoativos do mundo, em novembro de 2022.

A princípio, Bankman-Fried foi apenas convidado a testemunhar em uma audiência para discutir acerca do crash da corretora, e explicar sobre os detalhes do ocorrido. 

“Estou escrevendo para solicitar sua comparência perante o Comitê de Bancos, Habitação e Urbanismo Assuntos para testemunhar pessoalmente em uma audiência intitulada “Crypto Crash: Por que a bolha FTX estourou e o Danos aos consumidores”. Como fundador e CEO da FTX Trading Ltd. na época de seu colapso e o fundador, principal proprietário e ex-CEO da Alameda Research, você deve responder pela falha de ambas as entidades que foi causado, pelo menos em parte, pelo claro uso indevido de fundos de clientes e eliminado bilhões de dólares devidos a mais de um milhão de credores.”

Em seu perfil do Twitter, o órgão esclarece que irá intimar o ex-bilionário, contrariando as “mentiras que estariam circulando”.

“Mentiras estão circulando@CNBCque não estou disposto a intimar@SBF_FTX. Ele foi solicitado a testemunhar na audiência de 13 de dezembro. Uma intimação está definitivamente sobre a mesa. Fique ligado.”

As mentiras das quais a publicação pode estar se referindo, são os rumores de que o órgão estaria afrouxando demais o caso devido às “gordas doações” de campanhas políticas que Sam Bankman-Fried havia feito antes do crash.

Recentemente, o ex-bilionário havia comentado em seu perfil do Twitter  que “não estaria preparado” para depor, e não teria certeza se estaria até o dia da audiência. Seu comentário gerou revoltas nas redes.

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Terra Luna (LUNA) foi SBF?

Além disso, existe uma investigação sendo realizado pelos promotores dos Estados Unidos, para descobrir se o colapso do ecossistema Terra foi desencadeado por táticas de manipulação de mercado do ex-CEO da FTX.

O The New York Times (NYT) divulgou nesta quarta-feira (7) um relatório apontando que os promotores estão investigando se o ex-bilionário causou intencionalmente um massivo movimento de vendas de UST – stablecoin algorítmica da Terra – algo que desbalancearia seu lastro com dólar e consequentemente afetaria o token nativo LUNA.

Conforme o NYT, a maioria das ordens de venda da USTC veio da pesquisa Alameda da empresa de trading Bankman-Fried, de acordo com o NYT, mas não exitem prova concretas que relacionem Sam Bankman-Fried ao colapso do blockchain.

 Do Kwon foi ao Twitter para comentar sobre a investigação. Conforme acusa, a Genesis Trading forneceu US$ 11 bilhão para a Alameda antes do colapso da rede Terra.

“Acho que chegou a hora de@GenesisTradingpara revelar se eles forneceram US$ 1 bilhão pouco antes do acidente para SBF ou Alameda – a compra da LFG foi representada como decorrente do “interesse em participar do ecossistema Terra Defi” – não para fornecer munição para um ataque peg [ataque contra a paridade”.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
leonardo.cavalcanti@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.