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Exclusivo: Foxbit recebe licença da CVM para ofertar valores mobiliários e operar com crowdfunding tokenizado no Brasil

12 maio 2025, 13:48 - atualizado em 12 maio 2025, 13:48
Foxbit
(Imagem: Instagram da Foxbit)

O Grupo Foxbit recebeu uma autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) referente à licença de financiamento coletivo (crowdfunding) de investimentos, que habilita a plataforma a realizar oferta de valores mobiliários por meio digital com o apoio da tecnologia de tokenização.

Com isso, a plataforma da Foxbit se torna um marketplace mais completo na oferta de tokens, oferecendo criptomoedas e outros produtos relacionados a ativos digitais de maneira regulada, conforme o Crypto Times apurou com exclusividade.

“Essa licença é a confirmação de que estamos no caminho certo. Queremos transformar o Grupo Foxbit em um grande hub para empresas e investidores que acreditam no potencial dos ativos digitais, com segurança, tecnologia e conformidade regulatória,” afirma Ricardo Dantas, CEO da Foxbit.

A área de tokenização é uma das mais promissoras dentro da tecnologia das criptomoedas. Mas, como toda inovação, ainda passa por ruídos regulatórios. Recentemente, o Mercado Bitcoin (MB) recebeu uma stop order (ordem de suspensão de negociação) referente aos tokens de consórcio da plataforma.

De acordo com a CVM, à época, a corretora “não possuía autorização para atuar como intermediário de valores mobiliários”. A suspensão, contudo, foi revogada duas semanas depois após uma apelação da corretora.

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Foxbit e o crowdfunding tokenizado

O modelo de crowdfunding de investimentos é regulamentado pela Instrução CVM 88, e permite que empresas — especialmente de pequeno e médio porte — realizem captações públicas diretamente com investidores, de forma digital, utilizando instrumentos como tokens representativos de participação societária, dívida ou outros direitos financeiros.

Diferentemente do modelo tradicional, o crowdfunding tokenizado permite a criação de cotas com valores mais acessíveis ao investidor, o que tende a atrair um público maior.

“A licença de crowdfunding concedida pela CVM representa um avanço significativo para a Foxbit, não apenas do ponto de vista regulatório, mas também estratégico. Ela nos permite ofertar publicamente valores mobiliários tokenizados em um ambiente totalmente digital e regulado, o que abre espaço para a criação de um verdadeiro marketplace de tokens — algo inédito no mercado cripto brasileiro até agora”, comenta o CEO da Foxbit. 

“Diferentemente de players que ainda não operam sob esse escopo regulatório, a Foxbit passa a oferecer uma infraestrutura legalmente aprovada para viabilizar investimentos em ativos tokenizados, garantindo segurança jurídica, transparência e conformidade regulatória para emissores e investidores”.

Com essa licença, o Grupo Foxbit poderá ampliar sua atuação no mercado de tokenização, um dos segmentos mais promissores da nova economia digital, oferecendo ativos que vão desde recebíveis e precatórios até cotas de empresas e projetos inovadores.

“Acreditamos que o futuro dos investimentos passa por plataformas abertas, transparentes e reguladas, onde a tokenização será protagonista. Queremos estar na linha de frente dessa transformação no Brasil”, reforça Dantas.

Vale lembrar que a tokenização de ativos do mundo real (RWAs) é um dos segmentos considerados mais promissores para os próximos anos. Esse é um mercado que pode chegar a US$ 30 bilhões em 2025, segundo especialistas no tema. 

O Grupo Foxbit possui mais de dez anos de operação no mercado cripto basileiro e vem ampliando, nos últimos anos, sua atuação para além das criptomoedas. A companhia oferece infraestrutura para empresas e investidores que querem operar neste setor.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.