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Executivo de fundo cripto avaliado em US$ 90 milhões é preso por esquema de pirâmide

The Block
16 set 2021, 11:46 - atualizado em 16 set 2021, 11:46
A unidade da Procuradoria dos Estados Unidos no Distrito Sul de Nova York afirmou que o ex-gestor de fundos enganou mais de cem investidores (Imagem: Unsplash/Executium)

Ontem (15), um ex-executivo cripto, que arrecadou mais de US$ 90 milhões para um fundo de investimentos, foi sentenciado a sete anos de prisão por liderar o que promotores descreveram como um esquema “Ponzi”, em que investidores antigos são pagos por meio de recursos retirados de novos investidores.

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Stefan Qin, de 24 anos, liderou o Virgil Sigma Fund LP por três anos, até 2020. Ele se declarou culpado em fevereiro e recebeu a sentença nessa quarta-feira.

“Aproveitei da confiança deles de maneiras ilegais e imorais para impulsionar meu sucesso”, disse Qin, referindo-se aos investidores que foram enganados.

O Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) dos Estados Unidos disse em uma declaração feita em fevereiro deste ano:

Stefan He Qin retirou quase todos os ativos do fundo de US$ 90 milhões em criptomoedas gerenciado por ele, roubando o dinheiro de investidores, gastando-o em itens de luxo e em investimentos especulativos pessoais e mentindo aos investidores sobre o desempenho do fundo e o que havia feito com o dinheiro deles.

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Em março de 2020, um investidor com experiência no mercado compartilhou uma nota que a Virgil estava enviando a seus investidores como parte da tentativa para arrecadar mais fundos.

A unidade da Procuradoria dos Estados Unidos no Distrito Sul de Nova York afirmou que o ex-gestor de fundos enganou mais de cem investidores, conforme noticiado pelo The Wall Street Journal (WSJ).

“Descobrimos [o esquema de pirâmide] muito rápido, porque os números não faziam sentido”, disse o investidor. “Os números de desempenho em comparação com o mercado pareciam estranhos. Embora as estratégias de arbitragem fossem lucrativas naquele momento, os números que ele [Qin] estava mostrando não faziam sentido.”

A nota divulgada pela Virgil dizia que a companhia “busca oportunidades fora de indicadores tradicionalmente arriscados para criptomoedas, como volatilidades extremas, altas barreiras de entrada e negociação internacional, ao aproveitar oportunidades de arbitragem globalmente”.

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A companhia compartilhou seus ganhos, os quais afirmou terem sido auditados:

A empresa afirmou ter garantido um retorno superior a 100% em 2018 – ano em que os preços de criptomoedas despencaram e que é chamado por muitos de “inverno cripto”. Já em 2019, a companhia registrou um retorno de 30%.

Outras afirmações alegam que a empresa realizava de 20 mil a 60 mil negociações por dia e ostentava um longo histórico com volatilidade limitada.

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O documento menciona um fundo, chamado “Virgil Sigma Fund China”, que tinha uma taxa de desempenho de 30%. Uma fonte disse que esse era um novo fundo para o qual a empresa estava arrecadando capital. No documento, Virgil afirmou que Silvergate – empresa cripto de capital aberto – serviu como o banco para o fundo de investimentos.

Em seguida, consta no documento:

Virgil NÃO investe em tokens ou em ofertas iniciais de moedas (ICOs). Virgil NÃO compra e armazena criptomoedas para fins de rendimento. A maior parte do portfólio da Virgil está em moedas fiduciárias e é feito o hedge onde/quando for apropriado.

Menos de 10% do Fundo está reservado em qualquer corretora em determinado momento, limitando a exposição do fundo a valores mobiliários isolados.”

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O relatório do WSJ indicou que, além de usar os ativos da empresa para pagar pedidos de resgate, Qin também os usou para pagar o aluguel de seu apartamento de luxo na cidade de Nova York.

@moneytimesbr

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♬ Rickroll – Chris Alan Lee

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