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Família Fontana, fundadora da Sadia, contesta fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); Ativa vê notícia como positiva

03 jun 2025, 12:21 - atualizado em 03 jun 2025, 15:15
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brf (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

A família Fontana, herdeira do fundador da Sadia e detentora de cerca de 3% do capital da BRF (BRFS3), se manifestou publicamente contra os termos da fusão entre a companhia em que são acionistas e a Marfrig (MRFG3).

Segundo Adriano Fontana, a relação de troca proposta — que prevê o pagamento de R$ 2,20 por ação em dividendos e a entrega de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF — subavalia significativamente os papéis da BRF, implicando um desconto de cerca de 16% em relação ao valor de mercado antes do anúncio.

Para a Ativa Investimentos, a notícia é marginalmente positiva, visto que pode motivar um movimento para melhorar a relação de troca por parte da BRF, negociada na fusão.

“A mobilização de acionistas minoritários também pode trazer maior pressão por transparência e equilíbrio nas negociações, favorecendo uma solução mais alinhada ao interesse dos acionistas”.



A família argumenta que a operação favorece desproporcionalmente a Marfrig, cuja estrutura de capital é mais alavancada, e vê na proposta um possível abuso de poder por parte do acionista controlador.

A Ativa conta com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 21 para as ações da BRF (potencial de alta de 2,69%).

Os frigoríficos encaminharam a documentação do processo de fusão para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Sobre o tema, a Marfrig entrou em contato com o Money Times: 

A Marfrig esclarece que todos os procedimentos referentes ao processo de fusão com a BRF estão sendo conduzidos com rigor, seguindo a legislação e as melhores práticas do mercado.

As bases da negociação foram respaldadas por uma avaliação independente (Fairness Opinion) emitida pelo Citibank, banco contratado pelo Comitê Independente da BRF. A companhia reafirma seu compromisso com a governança e a transparência em todas as suas operações.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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