Fávaro faz alusão à Nietzsche e ressalta pontos fortes do Brasil no agro; ‘Ninguém tratou gripe aviária como nós’

“O que não me mata, me fortalece”. Foi parafraseando o filósofo alemão Friedrich Nietzsche que o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, iniciou sua fala durante 2º Brasília Summit, evento realizado pelo grupo empresarial LIDE.
Segundo o chefe da pasta, o Brasil venceu 3 desafios para que a sua agropecuária chegasse no patamar atual, são eles:
- Domesticar o clima tropical para produção;
- Vencer o desafio de legislações restritivas;
- Qualidade sanitária.
“A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) permitiu uma produção de até 3 safras por ano, isso em um país em que até 80% da área com vegetação nativa precisa ser preservada. Fora isso, ninguém no mundo conseguiu tratar a gripe aviária como nós, que só chegou numa granja comercial há mais de 20 dias”, disse.
- Inflação dos EUA vem abaixo do esperado em maio; e agora, Fed? Confira o que esperar da próxima decisão de juros americanos no Giro do Mercado:
O líder do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reforçou que o Brasil abateu apenas 17 mil aves por conta da gripe aviária, enquanto que desde 2022, os EUA abateram 170 milhões de aves, 10 mil vezes mais.
Fávaro também destacou o reconhecimento do status de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que segundo ele, vai permitir que o Brasil acesso novos mercados.
No fim da sua participação, o ministro olhou para o “copo meio cheio” e disse que o agronegócio vai superar os desafios da máquina pública e logística. Ele citou os avanços no Arco Norte, que até 2010 respondia por 14% das exportações de grãos e que hoje já representa 40%.
Apesar de não comentar sobre o novo Plano Safra, que deve ser lançado no fim de junho ou começo de julho, Fávaro lembrou dos valores históricos disponibilizados nos últimos dois programas agrícola e pecuário lançados no governo Lula.