Política

Favorito em eleição italiana, partido de extrema-direita vê chance de mudar plano de recuperação

01 ago 2022, 17:13 - atualizado em 01 ago 2022, 17:13
Raffaele Fitto
“A guerra na Ucrânia nos colocou diante de objetivos e prioridades diferentes dos que existiam à época da elaboração do plano”, no início de 2021, afirmou Fitto (Imagem: Bertrand Guay/Pool via REUTERS)

O partido de extrema-direita Irmãos da Itália, que está na liderança das pesquisas para as eleições italianas do mês que vem, vê espaço para reformular partes de um programa de investimentos financiado pela União Europeia para ajudar a economia a lutar contra uma crise energética e aumento de custos, afirmou uma liderança partidária nesta segunda-feira.

A renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi abriu caminho para eleições antecipadas no dia 25 de setembro, com as pesquisas sugerindo que a aliança conservadora liderada pelo partido de extrema-direita bem posicionada para conquistar a maioria parlamentar.

A Itália deve receber mais de 200 bilhões de euros em empréstimos baratos e concessões do fundo estabelecido para ajudar os 27 países da UE a se recuperarem da pandemia de Covid-19.

O governo atual garantiu até agora 67 bilhões de euros em verbas da UE. A Itália agora precisa atingir 55 novas metas na segunda metade de 2022 para assegurar mais 19 bilhões de euros ainda este ano, mas os objetivos deveriam ser ajustados aos novos desafios, segundo Raffaele Fitto, codiretor do grupo Conservadores e Reformistas Europeus, ao qual pertence o partido Irmãos da Itália no Parlamento Europeu.

“A guerra na Ucrânia nos colocou diante de objetivos e prioridades diferentes dos que existiam à época da elaboração do plano”, no início de 2021, afirmou Fitto em comentários por escrito à Reuters.

Segundo ele, as regras da UE permitem que os países-membros emendem seus planos nacionais caso marcos e metas não sejam mais tangíveis.

Fitto disse que o plano nacional precisa levar em conta os preços de energia em alta e os custos crescentes de materiais, que complicam o trabalho de empreiteiras em projetos públicos.

“Não queremos descartar o plano atual, mas… torná-lo mais eficiente e apropriado para garantir o crescimento estrutural”, disse.

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