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FBI e Ohio querem evitar fraudes com cripto em caixas eletrônicos

03 maio 2021, 15:39 - atualizado em 03 maio 2021, 15:39
Em 2020, houve 35.229 vítimas de crimes relacionados a criptomoedas somente nos Estados Unidos (Imagem: Freepik)

No condado de Cuyahoga, no estado americano de Ohio, o número de golpes envolvendo supostas vítimas em compras de bitcoin aumentou em tamanho nível que até mesmo o Federal Bureau of Investigations (FBI) teve de se envolver.

O Departamento de Defesa do Consumidor do Condado de Cuyahonga se juntou ao FBI para colocar placas em torno de caixas eletrônicos de bitcoin, avisando as pessoas sobre possíveis golpes, como, por exemplo, alguém alegando que precisa de bitcoin para pagar impostos ao Serviço Interno de Receitas (IRS), contas de serviços ou participar de uma investigação policial.

“Temos uma unidade muito eficiente que lida com crimes financeiros na cidade de Cleveland”, disse Vicki Anderson-Gregg, agente especial na unidade do FBI em Cleveland. “Fizemos uma parceria com o Esquadrão Antigolpes do Condado para emitirmos esse alerta.”

A mídia local de Cleveland mostrou que, em uma ocasião, um fraudador fingiu ser o filho da vítima, alegando que precisava de dinheiro para sair da prisão, em uma tentativa de fazer a vítima transferir US$ 9 mil em bitcoin.

Porém, um funcionário do local em que ficava o caixa eletrônico alertou a vítima sobre o golpe antes de essa fazer a transação.

Em outra situação, o golpista se passou por um representante da Administração de Seguro Social (SSA) e afirmou que o número de identificação da vítima estava envolvido em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outras atividades ilegais.

Em seguida, a vítima teria de pagar o golpista por meio de um caixa eletrônico de bitcoin para “resolver” a situação.

Segundo o site rastreador de caixas eletrônicos de bitcoin, CoinATMRadar, há 212 unidades do equipamento na cidade de Cleveland, em Ohio. No entanto, não há um número exato de crimes que aconteceram até o momento envolvendo o uso de caixas eletrônicos da criptomoeda.

“É muito difícil verificar quantas vezes acontecem esses tipos de golpe, porque as pessoas se sentem envergonhadas de terem caído e acabam não reportando”, disse a agente especial ao The Block. “Acreditamos que o número é muito maior do que o reportado.”

Apesar de as estatísticas de crimes com o uso de caixas eletrônicos de BTC serem escassas, o Relatório de Crimes na Internet de 2020 do Centro de Denúncia sobre Crimes na Internet (IC3)do FBI mostra que houve 35.229 vítimas de crimes relacionados a criptomoedas no ano passado.

A iniciativa do condado de Cuyahoga e do FBI de educar as pessoas com relação a golpes e a caixas eletrônicos de bitcoin é uma tentativa de diminuir esse número. 

“Nós realmente queremos que essas informações se espalhem, para que as pessoas não sejam vítimas desses golpes – é extremamente difícil, quase impossível, recuperar o dinheiro uma vez que esse é enviado”, disse Anderson-Gregg.

Nos Estados Unidos, caso alguém caia em um golpe financeiro, a agente especial aconselha que preencha o formulário do IC3. “Golpes semelhantes são agrupados e enviados à unidade de campo apropriada, se estiver dentro do nosso limite”, acrescentou a agente especial.

Segundo Anderson-Gregg, geralmente, uma única pessoa aplica golpes em diversas pessoas e pode ser acusado de fraude eletrônica, fraude postal por correspondência e “as típicas acusações de colarinho branco/crimes financeiros”, se forem pegos. 

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