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Fechamento de shoppings trará maior impacto para Iguatemi; brMalls será menos afetada

04 mar 2021, 13:59 - atualizado em 04 mar 2021, 13:59
Iguatemi IGTA3 Shoppings
A Iguatemi terá 100% de sua ABL (área bruta locável) temporariamente suspensa a partir deste sábado (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

As operadoras de shopping centers serão novamente impactadas com a volta de restrições de deslocamento mais severas, afirmou a XP Investimentos.

Na quarta, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que o estado voltará para a fase vermelha do plano de quarentena devido aos recordes de mortes e internações por Covid-19.

A fase vermelha terá início a partir deste sábado (6) e terminará no dia 19 de março. Bares e restaurantes não poderão realizar atendimento presencial, somente pelo sistema de delivery, enquanto os shoppings e o comércio não essencial não deverão funcionar.

“Com isso, São Paulo se junta com Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Distrito Federal, onde as restrições estão mais rígidas e os shoppings fechados”, destacaram Renan Manda e Lucas Hoon, analistas de construção civil, shopping centers, imóveis comerciais e fundos imobiliários da XP.

Segundo a corretora, a Iguatemi deve ser a empresa do setor que mais sofrerá com as novas medidas restritivas, uma vez que o impacto de cada companhia estará diretamente relacionado com a parte de seu portfólio com as operações suspensas. Dentre as empresas sob a cobertura da XP, a Iguatemi possui a maior exposição às regiões com as restrições mais severas (100% de sua ABL [área bruta locável] estará temporariamente suspensa nos próximos dias).

A brMalls (BRML3), por sua vez, deve sentir o menor impacto, com 54% da ABL fechada. Multiplan (MULT3) e JHSF (JHSF3) terão, respectivamente, 65% e 59% da ABL afetada.

“Destacamos que o impacto nos resultados dos shoppings deve ser não apenas proporcional ao tempo de funcionamento de cada shopping, mas também deve ser diluído em seus resultados ao longo da vigência de cada contrato (efeito da linearização dos contratos)”, acrescentou a XP.

Os analistas esperam volatilidade para as ações das empresas do setor no curto prazo, mas continuam enxergando valor de longo prazo nos valuations atuais.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.