Mercados

Fed descarta cortes em 2023, vê PIB dos EUA menor e inflação na meta só em 2025

21 set 2022, 15:30 - atualizado em 21 set 2022, 15:32
Prédio do Federal Reserve
Federal Reserve piora as previsões para as principais variáveis macroeconômicas dos Estados Unidos, com economia mais fraco e juros ainda elevados (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque)

O Federal Reserve piorou as estimativas para as principais variáveis macroeconômicas dos Estados Unidos. É o que revela o gráfico de pontos, divulgado junto com a decisão de elevar a taxa de juros norte-americana pela terceira vez seguida em 0,75 ponto percentual, para o intervalo entre 3% e 3,25%.

Segundo a mediana das estimativas do próprio Fed contempladas no chamado dot plot, os juros nos EUA devem encerrar 2022 em 4,4%. A previsão sugere um aumento adicional de 1,25 ponto percentual (pp) na taxa até o fim do ano. 

Vale lembrar que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) tem apenas mais dois encontros em 2022, em novembro e em dezembro. Antes, em junho, o Fed previa uma taxa terminal de 3,4% ao final deste ano. 

Além disso, o Fed não prevê um “pivô” em direção a cortes na taxa de juros tão cedo. Ainda de acordo com o gráfico de pontos, a chamada taxa dos Fed Funds deve encerrar 2023 em 4,6%, o que sugere um aperto monetário residual no ano que vem. Só em 2024, é que a taxa deve recuar a 3,9%. 

Inflação longe da meta

Portanto, o Fed não deve baixar a guarda na luta contra a inflação. A previsão do Banco Central dos EUA é de que o índice de preços de gastos com consumo (PCE) alcance a meta de 2% apenas em 2025.

Para 2022, a inflação nos EUA deve encerrar com alta de 5,4%, cedendo a 2,8% em 2023 e, depois, atingindo alta de 2,3% em 2024.

PIB menor, desemprego maior

Já em relação à economia, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser de apenas 0,2% em 2022, bem abaixo da previsão de 1,7% trazida no gráfico de pontos anterior, em junho. 

O Fed também piorou a previsão de expansão econômica em 2023, de +1,7% para 1,2% agora. Em 2024, o PIB dos EUA deve subir 1,7%.

Como reflexo dessa perda de tração da atividade, o mercado de trabalho deve piorar. Para o Fed, a taxa de desemprego deve encerrar 2022 em 3,8% e depois subir a 4,4% em 2023, permanecendo nesse nível um ano depois.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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