Mercados

Fed surpreendeu na piora das projeções para juros, PIB e inflação, diz Ativa

21 set 2022, 16:05 - atualizado em 21 set 2022, 16:07
Federal Reserve
Federal Reserve anunciou aumento na taxa de juros dos Estados Unidos dentro do esperado, em um comunicado sem grandes alterações (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

O Federal Reserve não trouxe novidades na decisão de elevar a taxa de juros nos Estados Unidos pela terceira vez seguida em 0,75 ponto porcentual (pp), nem no comunicado que acompanhou o anúncio. Para o economista da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, a novidade ficou mesmo foi com a indicação de uma alta adicional de 1,25 pp até o fim do ano.

“O grande destaque acabou sendo nas projeções, com o salto da mediana das projeções da taxa de juros (Fed Funds Rate) de 3,25%-3,50% ao final de 2022 para 4,25%-4,50%”, comenta Sanchez. 

O economista da Ativa lembra que para executar tal plano, o Fed teria de elevar a taxa de juros norte-americana no total de mais 1,25 pp ao longo das próximas duas reuniões deste ano, em novembro e em dezembro. “Ou seja, chancelando pelo menos mais uma elevação de 0,75 pp e outra de 0,50bps ainda neste ano”, observa. 

Mais aperto em 2023

Mais que isso, o Fed sugere uma continuidade do ciclo de aperto em 2023. É o que revela o gráfico de pontos (dot plot), com as estimativas para as principais variáveis macroeconômicas dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).

Além disso, o Fed também indica um ajuste residual na taxa de juros dos EUA no ano que vem. “Não obstante, o esperado pelos membros do Fomc para o final de 2023 também mostrou intenso salto, precificando que haveria mais uma elevação de 0,25 pp ao longo do ano que vem”, ressalta o economista da Ativa.

Para Sanchez, no fim  das contas, a condução mais agressiva (“hawkish”) por parte do Fed refletiu-se na piora nas expectativas para o crescimento do Produto  Interno Bruto (PIB) e da inflação. “Isso deixou em aberto a possibilidade de que haja a necessidade de subir o juro para além de onde se precifica”, resalta.

Decisão e comunicado em linha com o esperado

Já a decisão em si anunciada na tarde desta quarta-feira (21) veio conforme amplamente esperado pelo mercado, lembra Sanchez. “O comunicado também não trouxe grandes alterações, adicionando apenas um comentário marginal sobre o crescimento modesto dentre os indicadores recentes, ante dados caracterizados como suaves”, conclui.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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