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Festa do iPhone 15 virou enterro: Veja por que Itaú BBA está ‘mais pessimista do que nunca’ com as ações da Apple

13 set 2023, 18:17 - atualizado em 13 set 2023, 18:17
iPhone 15, Apple
Modelos do iPhone 15, lançado nesta terça-feira (12) (Imagem: Apple/Reprodução)

O lançamento do novo iPhone 15 não gerou empolgação nos investidores e, ao que parece, menos ainda entre os analistas do mercado. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (13), o Itaú BBA recomendou a venda das ações da Apple (AAPL;AAPL34).

A casa de análise vê a ação, atualmente em US$ 174,21, tombando quase 10% até o fim de 2024, diante de uma série de pressões de baixa que devem deteriorar o horizonte da empresa no curto e médio prazo. “Estamos mais pessimistas do que nunca”, comentam os analistas.

Embora reconheça melhorias no iPhone 15, o Itaú BBA não vê uma modificação transformativa no smartphone que justifique uma mudança no patamar do produto — o que é frustrante, levando em conta um investimento anual de cerca de US$ 30 bilhões do time de Pesquisa & Desenvolvimento da Apple.

A Apple optou por não elevar o preço do lançamento, o que auxiliaria na elevação das receitas em um contexto de baixa demanda, que sai com um preço equivalente daquele estipulado para o iPhone 14 durante o lançamento em 2022.

A única exceção destacada pelo Itaú BBA é em relação ao iPhone 15 Pro Max, que registrou um aumento dos preços de entrada com relação ao modelo anterior.

A “tempestade perfeita” sobre a Apple

Além das questões específicas do produto, o Itaú BBA salienta um ambiente macroeconômico que tem tudo para atrapalhar o êxito nas vendas do iPhone 15. Vale lembrar que o produto não sai menos do que US$ 779, um valor alto para boa parte das famílias já pressionadas pela alta dos preços.

“Pior cenário para empregos, salários e poupança, sobretudo, em economias desenvolvidas devem ser atuantes”, coloca o relatório.

Outro ponto destacado pelo Itaú BBA está relacionado ao andamento da segunda maior economia do mundo. A China é o principal mercado da Apple fora dos Estados Unidos, e a extensão de um processo de desaceleração econômica deverá ser o principal condutor das ações no curto prazo.

Adiciona mais pressão ao papel a medida do governo central chinês que proíbe o uso de smartphones estrangeiros por funcionários públicos, acrescenta o Itaú BBA.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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