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Fiagro: o que é e como investir?

22 jan 2022, 9:00 - atualizado em 07 fev 2022, 15:47

O agronegócio brasileiro é um dos setores mais relevantes da economia nacional, representando cerca de 20% do PIB, em 2020, e com volume de exportações na casa de 100 bilhões de dólares.

A pujança do campo vem chamando a atenção do mercado financeiro, e a B3 (B3SA3), entendendo o potencial de impulsionar ainda mais o agronegócio, admitiu a listagem dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros).

A listagem do primeiro fundo voltado ao setor agrícola aconteceu em outubro de 2021. Gerido pela Riza Asset, o Fundo Riza Agro-Fiagro Imobiliário é negociado com o ticker RZAG11 e focado no setor imobiliário agrícola – razão pela qual leva o sufixo Fiagro – FII.

Além desse papel, temos também outros fundos já admitidos à negociação, como o Fundo JGP Credito Fiagro Imobiliário, sob o ticker JGPX11; o Valora CRA Fiagro, sob o ticker VGIA11; e o XP Crédito Agrícola Fiagro, sob o código  XPCA11.

“Essa iniciativa da B3 amplia a oferta de produtos voltados ao agronegócio e oferece alternativas de diversificação ao investidor, permitindo a exposição a um segmento que é um dos pilares da economia brasileira”, afirma Fabiana Perobelli, Superintendente de Relacionamento com Clientes da B3.

O que é Fiagro?

Fiagro é, basicamente, um papel que permite ao investidor pessoa física ou jurídica, do Brasil ou do exterior, investir no agronegócio.

Foi disponibilizado para o mercado por meio da lei número 14.130, de março de 2021, e, desde agosto de 2021, a B3 permite a listagem desses papéis.

Os Fiagros foram inspirados nos fundos imobiliários (FIIs) e ajudam a financiar o agronegócio ao possibilitar que o investidor direcione seus recursos para o setor, através de fundos que fazem aportes em propriedades rurais ou até cotas de outros títulos como CRAs (Créditos de Recebíveis do Agronegócio) e CPRs (Créditos de Produtos Agrícolas).

Como funciona o Fiagro?

Os Fiagros são negociados no mercado de bolsa da B3, podendo ser acessados por meio das corretoras. Ou seja, para investir em Fiagro é preciso ter conta em uma corretora.

O patrimônio do fundo é dividido em cotas, que são colocadas à disposição para negociação no mercado à vista da B3.

O investidor pode comprar uma ou mais cotas que, além de poderem registrar variação de valor, pagam dividendos mensais para quem tem esse ativo na carteira.

Quais os tipos de Fiagros?

O Fiagro listado considera as seguintes categorias:

Direitos Creditorios (Fiagro – FDIC): fundos de investimento voltados para a agroindústria que apliquem em direitos creditórios, certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) e cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e em Direitos creditórios imobiliários relativos a imóveis rurais; e cotas de fundos de investimento que apliquem mais de 50% de seu patrimônio em ativos do agronegócio.

Imobiliários (Fiagro – FII): fundos com ativos imobiliários, como Imóveis rurais;

Participações (Fiagro – FIP): fundos em participações em sociedades que explorem atividades integrantes da cadeia produtiva agroindustrial; e ativos financeiros, títulos de créditos ou valores mobiliários emitidos por pessoas físicas e jurídicas dentro da cadeia produtiva agroindustrial;

Quais as vantagens do Fiagro?

Assim como os FIIs, os Fiagro são isentos do Imposto de Renda sobre os dividendos distribuídos aos investidores.

Vale se atentar, no entanto, que o investidor terá de pagar imposto caso faça a venda de uma cota que se valorizou.

Por exemplo, se ele comprou uma cota quando ela valia R$ 50 e, no momento da venda, o preço de mercado era de R$ 55, a tributação incidirá sobre os R$ 5.

Outra vantagem para o investidor é o preço médio do ticker do Fiagro. As cotas dos fundos são negociadas a valores acessíveis, com preços iniciais de R$ 9, conforme dados em dezembro de 2021.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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