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Fiagros: 3 fundos para investir com a queda da Selic, segundo a Guide

27 jan 2024, 10:00 - atualizado em 27 jan 2024, 10:07
fiagros selic
Para a corretora, com o preço baixo dos produtos no mercado internacional e o real mais apreciado, os riscos são maiores para os Fiagros(Foto: Pixabay)

Os fundos do agronegócio, os chamados Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), tiveram desempenhos piores que as alternativas como fundos imobiliários (FIIs) e de infraestrutura.

Para a Guide Investimentos, o desempenho fraco dos fundos está associado ao fato destes investimentos serem indexados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

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Além disso, com o preço baixo dos produtos agrícolas no mercado internacional e o real mais apreciado, os riscos nos Fiagros são maiores que o usual. Segundo a corretora, os investidores devem ser cautelosos com esta classe de ativos neste momento.

Queda da Selic deve reduzir proventos dos fundos

Com os preços agrícolas em queda, o risco de faltar recursos para honrar os compromissos cresce.

Segundo a Guide, neste cenário, o prêmio de risco para se investir deveria ser maior que o usual. Com a Selic em queda, os ativos indexados ao CDI também tendem a sofrer. E a maior parte dos fundos agro é indexada ao CDI (que anda lado a lado com a Selic).

A Selic média de 2024 deve ser de cerca de 10%, ante 13% em 2022. Em 2025, a corretora espera que a Selic fique em média de 8%. Ou seja, uma redução na rentabilidade dos Fiagros já está “contratada”.

Por outro lado, a taxa de inflação deve diminuir muito pouco nos próximos anos. Em resumo, os proventos de ativos indexados ao CDI devem sofrer mais que os ativos indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos dois anos.

Além disso, é importante destacar que a safra fraca esperada para 2024 e o fenômeno “El Niño” podem elevar a inflação em 2024, fazendo com que ativos indexados ao IPCA tenham uma relação risco-retorno melhor atualmente.

Considerando a projeção da Guide de Selic média ao redor de 10% em 2024 e IPCA de 4%, o retorno dos fundos agro deve ser de 13% a 15% em 2024 (retorno do chamado “carregamento” dos ativos).

Contudo, a corretora acredita que há mais chance dos juros serem menores que 10% do que maiores em 2024 em função da queda dos juros e da inflação ao redor do mundo que deve ocorrer nos próximos meses, além do baixo crescimento econômico no Brasil.

Por outro lado, é possível que a inflação seja um pouco maior em função do fenômeno El Niño, que historicamente eleva a inflação no Brasil. Considerando isto, a Guide acredita que fundos com alguma diversificação de indicadores (menos concentrados em CDI) são opções melhores.

3 Fiagros para investir

Para a Guide, em meio a estes cenários, a Kinea Agro (KNCA11) é o fundo mais defensivo, com menos exposição ao CDI, maior liquidez e pouca concentração.

O Valora Agro (VGIA11) também é um fundo defensivo, bastante diversificado e com alta liquidez. O fundo vem apresentando problemas em algumas operações de crédito, mas parece já bem precificado uma vez que o fundo negocia com um desconto de 5% em relação ao valor patrimonial.

Por fim, a terceira opção da Guide fica por conta do Ecoagro Fiagro (EGAF11), em função da liquidez acima da média e diversificação elevada, tanto por setor agrícola quanto por região.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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