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Fiagros mantém resiliência em junho e BTG aponta fundos com retorno de até 18% no ano

27 jun 2025, 15:34 - atualizado em 27 jun 2025, 15:34
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(Imagem: Shutterstock)

Os Fiagros — Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro — seguem entregando dividendos robustos aos investidores, segundo o BTG Pactual.

Em relatório divulgado nesta sexta-feira (27), o banco afirma que o mercado de Fiagros movimenta cerca de R$ 11 bilhões mensalmente, com alguns papéis acumulando ganhos de até 18% no ano.

O levantamento aponta que o mercado de Fiagros conta com 548 mil investidores ativos, negociando cerca de 38 fundos na B3.

Os rendimentos anuais superam os dois dígitos em diversos ativos, que adotam postura mais ativa na gestão de risco. Os dados mostram a resiliência do mercado que vem se consolidando como uma alternativa relevante na renda fixa ligada ao agronegócio.

O desempenho reforça a consolidação dos Fiagros como uma alternativa sólida de renda fixa ligada ao agronegócio, combinando retorno elevado com uma postura mais ativa na gestão de risco.

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Fundos com maiores retornos

Entre os destaques do mês, estão o Capitânia Agro Strategies (CPTR11) e o Riza Fiagro (RZAG11), que chamam atenção com rendimentos anuais de 18,31% e 16,84%, respectivamente.

Outros nomes como FG/Agro (FGAA11) e BTG Pactual Crédito Agrícola (BTAG11) também figuram entre os que mais distribuem, com retornos consistentes acima de 16% ao ano, segundo o relatório.

Além dos rendimentos, muitos desses fundos, como o CPTR11, ainda são negociados com descontos em relação ao valor patrimonial, o que aumenta a atratividade para o investidor de longo prazo.

Apesar da boa performance, o BTG também chama atenção para casos pontuais de inadimplência em algumas operações de crédito estruturado.

O Exes Araguaia Fiagro (AGRX11), por exemplo, iniciou a execução de garantias após o vencimento antecipado de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Nessa situação, o fundo antecipou o vencimento do título e deu início ao processo de execução, utilizando as garantias oferecidas, como terras, para recuperar o valor devido.

No CPTR11, há acompanhamento ativo de devedores em recuperação judicial, como AgroGalaxy (AGXY3) e CRAS Brasil, com perspectivas de recuperação dos créditos diante das medidas jurídicas em andamento.

O relatório também menciona a autorização da CVM para recompra de cotas por Fiagros, uma medida que pode ajudar a reduzir os descontos no mercado. Gestoras como a FG/A e Sparta já sinalizaram interesse em adotar esse mecanismo em seus regulamentos.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.