FIIs de shoppings entregam crescimento e geração de caixa, diz BTG; o que esperar do 3T25?

Os fundos imobiliários (FIIs) de shoppings acompanhados pelo BTG Pactual (BPML11, GZIT11, HGBS11, HSML11, VISC11 e XPML11) tiveram, de maneira geral, um segundo trimestre (2T25) sólido, mesmo diante de um cenário macroeconômico restritivo, marcado principalmente pelos juros elevados.
Em relatório, o banco afirma que a combinação de um calendário comercial favorável e custos de ocupação controlados sustentou a performance positiva do setor.
A taxa de vacância consolidada, por exemplo, ficou em 5,3% no período, praticamente estável em relação ao trimestre anterior (5,2%) e ao mesmo intervalo de 2024 (5,4%).
Já a inadimplência líquida recuou de 3,1% no 1T25 para 1,6% no 2T25, permanecendo em nível considerado saudável pela casa.
Efeito calendário
O BTG destaca que o chamado efeito calendário, com a Páscoa em abril, impulsionou a circulação nos shoppings e favoreceu a performance do setor.
O indicador de vendas nas mesmas lojas (SSS) avançou 7,4% na comparação anual, refletindo o bom desempenho do varejo em categorias como alimentação.
Por sua vez, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) também apresentou evolução positiva, com alta de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024, beneficiado pelo repasse gradual da inflação.
Além disso, as vendas por metro quadrado cresceram 7,2%, enquanto o NOI/m² (lucro operacional líquido) avançou 7,7%.
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Perspectivas positivas, mas com desafios
Para os analistas Daniel Marinelli e Matheus Oliveira, que assinam o relatório, o curso ascendente deve se manter no curto prazo, apoiado pela baixa vacância, inadimplência reduzida e custos de ocupação sob controle.
“Para o próximo trimestre (3T25), a expectativa é de manutenção da trajetória positiva para os shoppings, o que deve continuar favorecendo a geração de caixa dos fundos imobiliários (FIIs)”, afirmam.
O banco ressalta, no entanto, que o ambiente macroeconômico segue desafiador, evidenciado pela queda do índice de confiança do consumidor nos últimos 12 meses — ainda que tenha mostrado leve recuperação em junho, especialmente entre famílias de menor renda.
“Com tudo na mesa, acreditamos que o segmento segue resiliente e entregando resultados positivos, consolidando sua atratividade como ativo gerador de renda estável”, completam.