Economia

Fim da reduflação: Governo que acabar com o famoso “tamanho menor, preço maior”

26 jan 2024, 15:00 - atualizado em 24 jan 2024, 14:30
reduflação
Reduflação: Informação de que o tamanho do produto mudou não costuma estar clara na embalagem; consumidores saem prejudicados. (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Em momentos de crise, não é raro as empresas reduzirem o tamanho dos produtos vendidos nos supermercados e manterem — ou até mesmo elevarem — os preços para o consumidor. Isso é chamado de reduflação.

Outro problema é que essa informação de que o tamanho do produto mudou não costuma estar clara na embalagem. No entanto, tramita no Senado um projeto que visa aumentar a transparência para o consumidor: a empresa será obrigada a informar no rótulo sobre mudanças quantitativas.

Essas informações devem ser mantidas na embalagem por um prazo mínimo de dois anos, sempre que a redução for superior a 10%.

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Embora a prática de reduflação é legal sob o ponto de vista do direito comercial, a senadora Professora Dorinha Seabra destaca que a prática deve ser coibida, pois pode ser considerada ardilosa e ludibriar o consumidor.

“O consumidor acostumado a adquirir determinado produto ao longo do tempo pode deixar de observar as alterações na quantidade ou peso, caso a mudança não seja sinalizada. Assim, a fim de manter o preço nominal do produto por embalagem, o fornecedor recorre ao artifício de diminuir o peso ou a quantidade líquida, muitas vezes mantendo inalterada a embalagem, justamente para que a mudança passe despercebida”, afirma.

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Confira os produtos que mais sofreram reduflação

Segundo um levantamento da Consultoria Horus, levando em consideração os pesos de produtos entre os meses de janeiro e agosto de 2022 e 2023, o sabão em pó está entre os itens que mais sofreram com a reduflação.

Neste caso, o peso caiu 9,3%, enquanto o preço teve um salto de 23,3%.

Já os sucos prontos, viram seu tamanho ficar 10,6% menor. Por outro lado, os preços subiram 20,8%. Outro produto famoso na reduflação é o chocolate: as barras ficaram 14,3% menor, enquanto os valores subiram 5,9%.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.