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Fim do inverno cripto? Bitcoin (BTC) tenta se firmar aos US$ 30 mil com onda de otimismo

22 jun 2023, 17:04 - atualizado em 22 jun 2023, 17:23
moeda bitcoin cripto
Bitcoin vem sustentando um pequeno rali que responde à expectativa do fim do aperto monetário. (Reprodução)

A chegada do verão no Hemisfério Norte esquentou o tempo também no mercado cripto. O Bitcoin (BTC), o criptoativo mais negociado do mundo, ultrapasssou a marca dos US$ 30.000,00, após ter disparado cerca de 6% na quarta-feira.

Hoje, os ganhos para o BTC são mais modestos, menores do que 1%, mas mesmo assim contribuem para manter o otimismo dos investidores com a criptomoeda.

Não por acaso, o índice de medo e otimismo subiu mais 6 pontos com relação a ontem, chegando aos 65 pontos e coloca o sentimento do investidor em um território ainda mais bullish para o ativo digital.

Latest Crypto Fear & Greed Index

Diante do fôlego recente do Bitcoin, há até quem declare por encerrado o inverno cripto, o período de declínio que começou ainda em 2021 e chegou a levar o criptoativo a mínima local de US$ 16.778,00 em novembro do ano passado.

Se o Bitcoin dá indícios de uma recuperação, alguns fatores acabam despontando como alavancas. Um primeiro se dá pelas medidas de estímulo monetário do Banco Popular da China, que anunciou cortes de juros nas principais linhas de empréstimo.

Um segundo ponto, considerado até mais importante por especialistas, é apoio paulatinamente crescente de instituições financeiras à Bolsa de ativos digitais nos EUA, chamada de EDX Markets. Prestadoras de serviços financeiros reconhecidas no mercado tradicional como Charles Schwab, Fidelity Digital foram as últimas a declarar interesse em negociar criptoativos na EDX.

Na mesma linha, cabe destacar por fim o anúncio surpresa da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo. A empresa solicitou autorização aos órgãos reguladores para lançar um novo fundo de índice (ETF), baseado no preço à vista do BTC.

Desde então, a criptomoeda obteve uma valorização de quase 20%. 

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Mercado cripto busca maior clareza em consensos regulatórios

Se por um lado a adesão de instituições financeiras à negociação de ativos digitais e alguma suavização macroeconômica trazem alívio para os tokens digitais, por outro, o recente e conturbado histórico de embates regulatórios com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) coloca mais turbulência ao cenário.

Se as feridas envolvendo a FTX continuam doendo, os investidores voltam a acompanhar novos problemas regulatórios, envolvendo mais gigantes do setor, como Binance e a Coinbase.

Vale lembrar que, recentemente, a SEC designou uma série de tokens digitais negociados como títulos não registrados.

Mas, mesmo com dificuldades e imprevisibilidades, um sinal político vindo da Câmara dos Representantes na quarta-feira (22) pode trazer mais clareza para o ambiente regulatório do país com relação a criptomoedas e stablecoins.

O presidente da Comissão de Assuntos Financeiros da Câmara informou que pretenderá pautar debates sobre a questão já no próximo mês, sugerindo, inclusive, a produção de novos projetos de lei a serem apreciados no plenário do Capitólio.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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