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Fintech do mercado imobiliário opera em mercado que movimenta R$ 7,5 bi ao ano

24 maio 2022, 6:30 - atualizado em 23 maio 2022, 20:09
Fintechs
Tudo isso acontece através de um aplicativo, que possibilita a resolução de problemas de pagamento de comissões entre imobiliárias e comissionados (Imagem: Unsplash/Mario Gogh)

QuintoAndar e Loft revolucionaram o mercado imobiliário brasileiro para compradores, vendedores, locatários e locadores, e acabaram ganhando o status de unicórnios. Depois delas, as atenções agora devem partir para incluir serviços que tornem as operações mais produtivas e alavanquem o crescimento dos negócios.

A gestão de comissões de vendas de corretores autônomos, por exemplo, é um gargalo para as imobiliárias, tanto físicas quanto digitais, e uma rotina financeira de alto risco. Ela pode gerar problemas trabalhistas e fiscais, como o pagamento de corretores sem vínculo empregatício com a imobiliária ou bitributação nas transações.

Fora os problemas jurídicos, operacionalmente, o pagamento desse tipo de comissão incorre em desgaste operacional, especialmente em estruturas de corretores que contam com divisão da comissão por níveis da operação, além da parte da imobiliária.

É nesse cenário que a We Bro Pay foi criada. A fintech facilita o processo do pagamento de comissões de corretores, entregando uma experiência consistente ao comprador do imóvel, que efetua apenas um pagamento. Por outro lado, oferece uma esteira de serviços financeiros complementares para corretores autônomos, que inclui controle, adiantamento e cobrança de comissões.

Tudo isso acontece através de um aplicativo, que possibilita a resolução de problemas de pagamento de comissões entre imobiliárias e comissionados, como visibilidade de saldo, extrato, comissão futura, contratos, clientes, boletos e cobranças.

A operação dessas fintechs

Operando apenas em São Paulo, a We Bro faturou R$ 1,4 milhão em 2021, seu primeiro ano de operação, e atingiu o break-even, tendo lucro de R$ 300 mil no mesmo período. A margem de lucro deve ser ainda maior nos próximos anos, chegando a 70%.

A fintech já conta com 30 imobiliárias e mais de 2 mil corretores cadastrados. Mas isso é apenas uma pequena parte do iceberg. Hoje, no Brasil, há mais de 40 mil imobiliárias e 400 mil corretores cadastrados no órgão nacional – e, em um mercado que conta com muita informalidade, esse número deve ser ainda maior. 

As previsões indicam que R$ 4 trilhões devem ser movimentados em transações imobiliárias até 2035. Só de comissões pagas pelos compradores, são movimentados R$ 7,5 bilhões ao ano, ou seja, conquistando 20% desse mercado, a We Bro Pay movimentaria R$ 1,5 bilhão ao ano.

E a fintech pretende chegar lá através de sua solução 100% escalável – o aplicativo, desenvolvido internamente, é 95% automatizado. Prova disso é que o crescimento no faturamento da We Bro Pay é de 30% a cada trimestre.

No caminho para conquistar o mercado, a We Bro Pay abriu captação na CapTable, a maior plataforma de investimento em startups do país. Com o investimento, a fintech expandirá o negócio para outras cidades paulistas e, com a estruturação da equipe comercial, partirá para dominar o sul e o nordeste. E como negócio digital, os custos são reduzidos para expandir a operação para todo o Brasil.

Além disso, outro caminho para o crescimento será através de parcerias estratégicas com outras empresas do setor imobiliário, CRMs, plataformas de anúncios e órgãos reguladores.

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