Risco fiscal segue no radar do mercado; analista faz alerta sobre alta do PIB
O risco fiscal segue no radar do mercado nesta sexta-feira (30), com investidores digerindo o dado divulgado mais cedo pelo IBGE, do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que cresceu 1,4% no primeiro trimestre – puxado pelo agronegócio, mesmo com os juros a 14,75% ao ano.
Por volta das 14h, o Ibovespa (IBOV) recuava mais de 1%, aos 136,9 mil pontos, em linha com a versão ao risco global.
No Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, para comentar sobre o cenário macroeconômico do Brasil e sua influência na bolsa de valores.
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Para o analista, o crescimento econômico é positivo, mas ele disse que é necessário ressaltar que a alta do PIB vem em parte do estímulo do governo sobre o consumo da população. Para Spiess, a estratégia está próxima de um limite orçamentário.
“O Brasil tem tudo para ganhar em cima de um potencial rali. Ativos descontados, rotação de recursos internacionais, expectativas de queda dos juros e de mudança política justificam esse potencial. Mas o caminho até lá será volátil”, afirma Spiess.
O analista destaca que a questão fiscal é a maior responsável pela maior volatilidade dos ativos de risco. Segundo Spiess, independente do governo que assumir após 2027, um forte ajuste fiscal deve ser realizado para controlar os gastos públicos.
Spiess considera que o governo federal não tem interesse nem força política para promover uma ampla reforma nesse momento. “Não podemos nos esquecer que a trajetória de gastos que estamos vendo agora, que é insustentável, foi plantada na PEC de transição”, diz.
Na B3, as ações da Vamos (VAMO3) e Azzas 2154 (AZZA3) sobem pouco mais de 2%, enquanto Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e os grandes bancos recuavam.
O programa ainda abordou outros destaques da economia brasileira e do governo dos Estados Unidos em relação às tarifas. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
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