Economia

Selic: A mudança nos EUA que pode afetar os juros no Brasil

01 ago 2023, 19:17 - atualizado em 01 ago 2023, 21:04
Capitólio, EUA, Teto de Dívidas
O Brasil pode se dar bem nessa; veja como (Imagem: REUTERS/Elizabeth Frantz)

A Fitch colocou um ponto de atenção na economia dos Estados Unidos e rebaixou a classificação de risco da potência “AAA” para “AA+”.

Entre os pontos levantados pela agência estão uma esperada deterioração fiscal, bem como uma alta e crescente carga geral da dívida do governo. Além disso, a Fitch cita a possibilidade do país entrar em recessão e disparada dos juros pelo Federal Reserve.

“Esperamos que o déficit do governo geral suba para 6,3% do PIB em 2023, de 3,7% em 2022, refletindo receitas federais ciclicamente mais fracas, novas iniciativas de gastos e uma carga de juros mais alta”, coloca.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, discordou do rebaixamento. “A mudança anunciada pela Fitch Ratings hoje é arbitrária e baseada em dados desatualizados”, afirmou Yellen em um comunicado.

“Na visão da Fitch, houve uma deterioração constante nos padrões de governança nos últimos 20 anos, inclusive em questões fiscais e de dívida, apesar do acordo bipartidário de junho para suspender o limite da dívida até janeiro de 2025”, disse a agência de recomendação em comunicado.

Como o Brasil pode se sair bem com história?

De acordo com o economista André Perfeito, o cenário é de maior risco, e, logo, o dólar pode até ganhar alguma força no curto prazo (por mais contraditório que possa parecer num primeiro momento), mas tende a se enfraquecer mais para frente.

“As condições financeiras mais restritas fazem ‘o trabalho sujo da Selic’, logo é de se esperar uma atitude mais expansionista do Banco Central (mantenho o corte de 50 pontos amanhã)”, argumenta.

Além disso, o economista diz que provavelmente o Fed vai moderar eventuais ajustes na sua taxa básica frente os riscos que o sistema financeiro e de crédito nos EUA podem enfrentar por um duplo aperto (piora de nota pela Fitch e alta de juros).

Com Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.