Agronegócio

Fixação de preços de açúcar por usinas do Brasil tem forte alta, aponta Archer

06 abr 2020, 20:17 - atualizado em 06 abr 2020, 20:17
Cana de Açucar
Recentemente, os preços do adoçante acompanharam outros mercados e caíram para menos de 11 centavos de libra-peso, pressionado pela pandemia de coronavírus (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

As usinas do Brasil fixaram, até 31 de março, preços para vendas de 17 milhões de toneladas de açúcar com base em contratos futuros negociados na ICE em Nova York, um grande avanço em relação a igual período do ano passado, estimou nesta segunda-feira a consultoria Archer.

No mesmo período de 2019, as usinas brasileiras haviam feito “hedge” para vendas de apenas 11 milhões de toneladas de açúcar, disse a consultoria em nota a clientes.

Grande parte dessa fixação de preços foi realizada no início deste ano, quando as cotações do açúcar figuravam acima de 15 centavos de dólar por libra-peso, diante de expectativas de um déficit global.

Recentemente, os preços do adoçante acompanharam outros mercados e caíram para menos de 11 centavos de libra-peso, pressionado pela pandemia de coronavírus.

A Archer estima um valor médio de 13,43 centavos de dólar por libra-peso para o volume com preço já fixado.

A consultoria disse que apesar da recente queda nos mercados futuros de Nova York, mais vendas antecipadas devem ser verificadas por usinas do Brasil, já que o real tem operado em uma mínima histórica ante o dólar e há a perspectiva de que as empresas alterem fortemente o mix produtivo em favor do adoçante, uma vez que a demanda nos mercados de etanol despencou.

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