Flexibilização monetária é global e ativos de risco devem surfar onda positiva, diz analista

O início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos deve impulsionar uma onda positiva para os ativos de risco nos mercados globais, segundo Rafael Passos, sócio da Ajax Asset.

No Giro do Mercado desta sexta-feira (19), apresentado pela jornalista Paula Comassetto, o especialista projetou queda de pelo menos 1,5 ponto percentual na taxa de juros norte-americana, e afirmou que o movimento deve favorecer países emergentes como o Brasil.

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“Com dados mais fracos na economia americana, o mercado já precifica cortes adicionais para este ano e o próximo. Falamos de pelo menos 150 pontos-base de redução (1,5 ponto). Esse movimento global de flexibilização monetária naturalmente favorece os ativos de risco”, disse.

De acordo com Passos, haverá um fluxo de capital estrangeiro deixando os EUA rumo a mercados mais baratos. Nesse contexto, o real — ainda depreciado frente a pares como o México — e os juros altos no Brasil tornam o país atrativo.

“O estrangeiro olha para cá e vê uma moeda barata, ativos descontados e retornos gordos. Então eles acabam trazendo bastante fluxo para o Brasil. Temos visto interesse em setores que podem se beneficiar de uma queda de juros mais à frente”, afirmou Passos.

O especialista ressalta que, apesar da melhora do fluxo estrangeiro, os investidores locais seguem cautelosos, em especial pela incerteza fiscal e política.

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Ele destacou que a disputa eleitoral deve trazer volatilidade no próximo ano, mas que, até lá, o cenário externo tende a se sobrepor às preocupações domésticas.

“Acompanhando as pesquisas eleitorais, temos visto um acirramento cada vez maior entre esses dois polos (Lulista e Bolsonarista) e você ainda não tem um cenário muito claro dos competidores. Então, provavelmente teremos uma volatilidade maior no futuro”, afirmou.

O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques corporativos. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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