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Fora o drawback, indústria quer mais cacau externo sem imposto e Camex analisa recusa do Mapa

13 set 2021, 14:04 - atualizado em 13 set 2021, 14:12
Indústria querem trazer mais cacau externo para processamento visando o mercado nacional (Imagem: Unsplash/@rodrigoflores_photo)

As indústrias processadoras de cacau pedem zero de imposto de importação de 86 mil toneladas de amêndoa e dependerá da Camex (Câmara de Comércio Exterior) concordar ou não com a negativa de órgão técnico do Mapa que recusou o pedido.

A Câmara Setorial registrou, a partir do balanço de produção, consumo, exportação e importação, inclusive em dados da Associação da Indústria Processadora de Cacau (Aipc), que há um excedente no mercado interno de 100 mil toneladas.

Daí, portanto, que não haveria motivo para trazer mais cacau africano e com perda de arrecadação federal de impostos.

O setor já tem alíquota zerada para a importação em regime de drawback – regime aduaneiro especial válido somente para a quantidade de produto importado e que depois vai ser exportado sob várias formas de processamento -, responsável pela importação de 38 mil toneladas no primeiro semestre de 2021.

“Mas há uma melhora significativa do mercado interno, então as indústrias dizem que precisam de mais amêndoa para ser processada para consumo doméstico”, acredita Adilson Reis, consultor do Mercado de Cacau e comprador para um dos players do setor.

A Aipc, segundo consta da análise da Câmara Setorial, não contabilizou a recém iniciada safra temporã do cacau, considerada uma das melhores, embora seu volume não seja comparado com a safra nacional.

No primeiro semestre, a Bahia entregou 59,4 mil toneladas de amêndoas às indústrias, quase 50% a mais, enquanto o Pará teria produzido 50% a menos.

O excedente de 100 mil toneladas, que os consultores do órgão técnico do ministério acreditam existir, também deve-se ao menor consumo e exportações de 2020, no ápice da pandemia.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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