Alimentos

Fraca demanda por chocolate diminui processamento de cacau no mundo

15 abr 2020, 12:44 - atualizado em 15 abr 2020, 12:44
chocolate
“A demanda por chocolate cairá como resultado direto do aumento dos preços e de uma forte retração econômica“, disse Eric Bergman (Imagem: Pixabay)

O processamento de cacau deve ter diminuído no primeiro trimestre com a queda da demanda por chocolate em meio ao fechamento de lojas de varejo como resultado do surto de coronavírus, segundo pesquisas realizadas pela Bloomberg.

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Na Europa, a maior região consumidora, a previsão é de queda de 3% do processamento em relação ao ano anterior, segundo a mediana das estimativas compiladas com sete analistas, corretores e processadores.

As projeções variaram de uma queda de 1% a 11%. O processamento na América do Norte poderia cair 5,3%, segundo a mediana de seis projeções para uma queda de 3% a 7,5%.

O processamento na Ásia pode encolher 9%, de acordo com quatro estimativas. A região liderava a expansão no esmagamento de cacau antes do surto do vírus. Empresas abriam unidades em países como Malásia para atender à crescente demanda por chocolate.

A Costa do Marfim, maior produtora de cacau, e Gana, a segunda maior, impuseram um prêmio de US$ 400 a tonelada para cobrir o chamado diferencial de renda de subsistência para a safra de cacau 2020-21, o que aumentou os custos para processadores. Os contratos futuros em Nova York acumulam queda de 9,9% neste ano.

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“A demanda por chocolate cairá como resultado direto do aumento dos preços e de uma forte retração econômica“, disse Eric Bergman, vice-presidente da JSG Commodities, em Norwalk, Connecticut.

Além do prêmio da África Ocidental, “a pandemia agora acentua a redução do consumo, pois a renda disponível para bens de luxo continua em queda”, disse.

Na terça-feira, o Fundo Monetário Internacional estimou que o PIB global encolherá 3% neste ano. Durante o pico da Grande Recessão, o esmagamento global de cacau caiu 6,3% em 2008-09.

O impacto da desaceleração econômica será mais forte no segundo trimestre para refletir as “vendas perdidas no varejo, a ausência de sobremesas, da temporada de casamentos com grandes buffets e sobremesas de chocolate ou do chocolate livre de impostos no aeroporto”, disse Judy Ganes, presidente da J. Ganes Consulting, em e-mail.

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A Associação Europeia de Cacau deve divulgar os dados do primeiro trimestre em 22 de abril. Os números da Associação Nacional de Confeiteiros dos EUA são esperados em 16 de abril, mesmo dia em que a Barry Callebaut, a maior processadora de chocolate a granel, divulga vendas trimestrais de chocolate.

Na Malásia, os dados do primeiro trimestre divulgados na quarta-feira mostraram queda de 6,1% do processamento em relação ao mesmo período do ano anterior. A Associação de Cacau da Ásia, com sede em Cingapura, prevê problemas a curto prazo para o processamento de cacau por causa da pandemia. Os dados da região saem na sexta-feira.

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