Franchising brasileiro está em expansão e caminha para conquistar padrão norte-americano

A expansão de um negócio por meio de franquias pode beneficiar tanto a franqueadora, que tem a marca ganhando mais visibilidade e espaço, quanto o franqueado, que aplica um modelo de negócio que funciona, conta com padronização e já têm consolidação no mercado. 

Entretanto, redes nacionais possuem apenas um quarto das unidades de redes dos Estados Unidos, ou seja, a expansão do franchising no Brasil, apesar do cenário promissor, não é tão bem aproveitada quanto nos EUA. 

Apesar disso, o cenário do franchising brasileiro está mudando e caminhando para conquistar o padrão norte-americano, por meio do trabalho de aceleradoras, como a 300 franchising. 

Em entrevista com Leonardo Castelo, CEO da 300 Franchising, falamos sobre este cenário e como as aceleradoras impactam este processo. 

O cenário do franchising brasileiro

O mercado norte-americano conta com uma média de 200 franquias para uma marca, uma realidade ainda distante da média brasileira, de 59 franquias. 

Apesar disso, marcas brasileiras enxergam no franchising um caminho para expansão. Por isso, o cenário é de crescimento para conquistar um novo padrão, e as aceleradoras são cruciais para isso. 

Segundo Castelo, até 2 anos atrás o modelo de aceleradora de franquias não existia no Brasil, o que era realizado tratava-se de expansão de franquias. A grande diferença se dá pelo fato de que as aceleradoras possuem método de crescimento, juntamente com veia comercial e tecnologia, o que permite acelerar, de fato, o processo de expansão. 

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“Nós começamos a notar que a gente realmente conseguia crescer negócios de uma forma veloz e sustentável”, afirma sobre estes 3 pilares de uma aceleradora. 

Funcionamento de uma aceleradora

Uma aceleradora é responsável por impulsionar o crescimento de uma franquia, cuidando não só do processo básico de expansão, mas de aspectos de gestão, estratégias e acompanhamento de métricas. 

A partir disso, é possível acelerar o crescimento e alcançar o padrão de expansão de franquias de forma efetiva. 

Por muito tempo, os gestores de franquias brasileiras enxergavam a abertura de 100 franquias em 2 anos como algo extremamente desafiador, contudo, com a metodologia de aceleração, é possível ir além.

Isso porque o papel da aceleradora envolve um trabalho imersivo com a franquia, com uma equipe que dá suporte em todos os detalhes necessários para que o padrão norte-americano de 200 franquias possa ser reproduzido por empresas brasileiras que têm potencial para isto.  

A aceleradora 300 Franchising

Ao falar sobre sua trajetória, Leonardo Castelo contou que tudo começou com a empresa Ecoville, que fundou com seu irmão, Leandro Castelo. A empresa obteve crescimento acima da média do franchising ao avaliar o cenário brasileiro de grandes marcas brasileiras, como O Boticário e Cacau Show, bem como o cenário internacional, com o mapeamento das franquias na China, Vale do Silício, entre outras referências. 

A 300 Franchising nasceu em 2018, com um olhar para o cenário tecnológico, analisando o que as empresas de tecnologia e startups estavam fazendo, ou seja, entrar dentro do negócio e fazê-lo crescer em geração de caixa e posicionamento de mercado, consequentemente criando valor para o negócio. 

Com isso, começaram a atuar na própria Ecoville, com um crescimento acima da média, o que chamou a atenção do mercado. 

Na feira de franquias de 2019, os empreendedores e franqueadoras começaram a querer entender o modelo da aceleradora, almejando o crescimento que a 300 Franchising pode proporcionar. 

Entretanto, a 300 Franchising só atua com franquias com pelo menos 30 unidades, 2 anos de existência, completa conformidade com questões tributárias, com formação de sociedade e atuação com o objetivo de um crescimento rápido, que vai além do que era o cenário brasileiro.

O que se espera para o futuro do franchising

Ao ser questionado sobre o que se espera para o futuro do franchising com o espaço que aceleradoras como a 300 estão ganhando, Leonardo Castelo conta que com todas essas mudanças, novos resultados e o trabalho realizado vão mudar o mercado. 

Uma nova forma de potencializar as franchisings está sendo disseminada e isso vai impactar no mercado como um todo, mostrando que a expansão pode ser muito maior. 

Segundo Castelo, para o futuro será necessário muito mais do que o investimento de dinheiro na franquia, mas de tecnologia, pessoas capacitadas e tempo.