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FTX deve muito dinheiro a muita gente

28 jan 2023, 15:00 - atualizado em 28 jan 2023, 15:09
FTX
A Amazon, de Jeff Bezos, é uma das empresas na lista de credores da FTX. (Imagem: Shutterstock)

A falida corretora FTX divulgou no meio da semana uma extensa lista de credores de suas operações. O documento, que possui 116 páginas, foi elaborado em circunstância do processo de recuperação judicial da companhia e obtido pelo site Livecoins.

Passando por veículos de imprensa, instituições financeiras e até mesmo agências governamentais, a relação de nomes obtida pelo portal dá a dimensão completa do tamanho da dívida da corretora.

Com cerca de 60 nomes por página, calcula-se que, ao todo, são 6.900 credores institucionais da FTX. Isso, sem contar os 1,2 milhão de cadastros de pessoas físicas que a corretora possuía até a eclosão do escândalo.

A empresa fundada por Sam Bankman-Fried reportou ter recuperado, recentemente, mais de 5 bilhões de dólares em ativos, mas o tamanho do prejuízo de seus clientes ainda é desconhecido.

Que fase! Big Techs aparecem em peso na lista de credores da FTX

Não bastasse ter que lidar com o período macroeconômico mais desafiador da última década, o que tem levado as empresas a priorizarem a eficiência corporativa sobre o crescimento operacional, as Big Techs americanas aparentam enfrentar também a possibilidade de um calote bilionário por parte do FTX.

A relação mostra que a corretora de criptoativos, outrora a quarta maior do mundo, deve dinheiro para praticamente todos os grandes players do Vale do Silício.

Aparecem na lista as seguintes empresas: Amazon, Apple, AT&T, Brave Software, Cloudfare, Dropbox, Facebook/Meta, GitHub, Google/Alphabet, LinkedIn, Microsoft, Netflix, Oracle, Reddit, Shutterstock e Spotify.

Novo CEO tem esperanças de reerguer a corretora

Mesmo cercado por problemas, o novo CEO da FTX John J. Ray III, permanece construtivo quanto à possibilidade de reerguer a companhia fundada por SBF.

Ao menos, os incentivos financeiros ao executivo estão sendo devidamente garantidos: o novo CEO da FTX  recebe US$ 1.300 por hora, segundo os autos do processo. Pelos cálculos, isso equivale a US$ 2,6 milhões anualizados, supondo que ele trabalhe 40 horas por 50 semanas ao longo de um ano

Em uma entrevista concedida ao The Wall Street Journal no último dia 19 de janeiro, Ray defende a reestruturação da FTX também como forma de ressarcimento aos antigos usuários.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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