Fundamentos que sustentam a alta do Bitcoin

Apesar do recente ruído causado pela guerra tarifária, os fundamentos que sustentam a valorização do Bitcoin continuam sólidos. A expectativa de alta na cotação da criptomoeda se baseia principalmente em fatores macroeconômicos e estruturais que tradicionalmente impulsionam o preço do ativo digital.
O primeiro, e talvez principal, é o halving de 2024. Caso você não saiba, esse é um evento estrutural do Bitcoin que reduz a emissão de novos bitcoins, aumentando historicamente a escassez e impulsionando o preço nos meses seguintes (normalmente seis meses após o evento). Esse fator é um grande catalisador para novas máximas.
A política monetária dos EUA também é um fator de alta relevância. O dinheiro está caro no mundo devido aos juros elevados e inflação de consumo alta. Juros altos encarecem o investimento e reduzem a quantidade de dinheiro em circulação; consequentemente, os investidores têm menor apetite ao risco. No cenário em que os EUA vençam o combate à inflação e reduzam o custo do dinheiro, em tese, podemos ver um “inflow” nos ativos de risco — como o Bitcoin.
Em linha com essa ideia, o mercado financeiro é muito amplo, e o investidor tem muitos lugares para alocar seu capital. Mas, recentemente, a agência reguladora de valores mobiliários dos EUA, a SEC, aprovou ETFs de Bitcoin — que, na prática, são fundos que facilitam o acesso de diversos participantes do mercado, inclusive os institucionais.
Considerando que o presidente Donald Trump foi eleito com uma das narrativas de “regularizar as criptomoedas”, podemos esperar que, em breve, uma legislação mais amigável surja nos Estados Unidos e a usabilidade da moeda se torne mais comum — o que causaria uma demanda natural pelo ecossistema.
Por fim, pensando um pouco mais no preço do Bitcoin, normalmente, os ciclos de alta do Bitcoin multiplicam seu valor de 3 a 5 vezes após cada halving. Se repetir o padrão, o valor de US$ 150 mil não seria impossível entre 2025 e 2026.
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