Fundo Verde

Fundo Verde, de Stuhlberger, aumenta a exposição em criptoativos e inicia posição em ouro

09 maio 2025, 16:21 - atualizado em 09 maio 2025, 16:21
Luis Stuhlberger
Fundo Verde, de Stuhlberger, aposta em ouro e criptoativos (Imagem: Monteiro/Bloomberg)

fundo Verde, um dos mais tradicionais do país, realizou mudanças no portfólio em abril, voltando a aumentar sua exposição a ativos globais. A carteira fechou o mês com alta de 1,90%, superando o CDI do período (1,06%).

Os principais ganhos vieram de posições em moedas, livro de ações locais, criptoativos e juro real. As perdas, por outro lado, foram pontuais e concentradas em juros prefixados, petróleo e crédito.

No relatório de gestão, a equipe liderada por Luis Stuhlberger destacou que abril foi marcado por movimentos intensos no cenário internacional, sinalizando uma possível mudança estrutural nos fluxos globais de capital.

Fim da hegemonia americana?

Segundo o fundo, o chamado “Dia da Liberação” – uma referência à introdução de tarifas pelos EUA – e o encontro entre Trump e Zelensky em fevereiro podem ter marcado o início da redução da hegemonia americana e do dólar sobre os mercados mundiais.

“Os investidores estrangeiros passaram os últimos 10 anos aumentando a exposição aos ativos americanos devido à excelente performance, mas agora vivemos o início de um processo estrutural de realocação de capital”, diz a carta do Verde.

Nesse novo contexto, o fundo decidiu aumentar a exposição em criptoativos, iniciar posição em ouro e zerar a exposição ao dólar frente ao Renminbi.

Além disso, a carteira segue com posições compradas em juro real no Brasil e em inflação implícita nos Estados Unidos. O fundo também mantém apostas vendidas no Renminbi contra o euro e pequenas posições compradas no real.

Já a pequena parte comprada em petróleo foi zerada, e os livros de crédito high yield, tanto local quanto global, seguem mantidos.

Cautela com o otimismo

Apesar da recente recuperação dos ativos de risco, a gestora vê exagero nas expectativas. Para o Verde, os efeitos econômicos do choque tarifário de Trump ainda não foram totalmente precificados e devem pressionar a inflação americana, ao mesmo tempo em que reduzem o ritmo de crescimento.

“A grande incógnita é qual a magnitude desta desaceleração, se suficiente para colocar a economia em recessão ou não”, pontua o relatório.

No Brasil, o fundo avalia que o mercado local tem reagido pouco às notícias internas, mesmo com a piora do quadro fiscal e a repercussão do escândalo envolvendo o INSS.

Por ora, o Verde mantém zerada a alocação em ações brasileiras e continua levemente vendido em bolsa global. A principal recomendação do fundo segue nas NTN-Bs de prazo intermediário.

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
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