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Fundos imobiliários (FIIs): Vale a pena investir no Vinci Offices (VINO11), fundo que comprou a sede da Rede Globo?

23 mar 2022, 16:02 - atualizado em 23 mar 2022, 16:02
Sede Rede Globo Vinci Offices
Sede da Rede Globo, na zona Sul de São Paulo, representa 39% da receita do FII Vinci Offices (Imagem: Reprodução/Vinci Offices)

O fundo imobiliário (FII) Vinci Offices (VINO11), que ganhou destaque ao comprar a sede da Rede Globo na capital paulista, diminuiu em 47% o valor distribuído a seus cotistas por meio de dividendos entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano.

Diante do fato, dúvidas sobre a rentabilidade do fundo começaram a surgir entre os investidores – como, por exemplo, o motivo para que os dividendos do FII tenham caído de R$ 0,50 por cota para R$ 0,34 em apenas dois meses.

“Uma pergunta que temos recebido muito é sobre a queda nos dividendos [do Vinci Offices], vale ressaltar que o fundo vinha distribuindo a reserva de lucros que possuía referente a venda de ativos e multa de contratos, essa reserva se encerrou em dezembro de 2021”, esclarece a analista Isabella Suleiman, da Genial Investimentos.

Com isso, a analista estima que os dividendos recorrentes do FII devem ficar entre R$ 0,33 e R$ 0,37 por cota.

Apesar da queda nos dividendos, ainda vale comprar cotas do Vinci Offices (VINO11)?

Hoje, o fundo tem R$ 500 milhões em dívidas, equivalente a 35% de alavancagem, dos quais cerca de R$ 340 milhões são referentes à aquisição da sede da Rede Globo, na zona Sul de São Paulo.

Apesar do edifício representar 39% da receita do FII, Suleiman, da Genial, considera que o custo do Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) do imóvel está um pouco acima do ideal, espremendo a margem do ativo.

“A alavancagem do fundo aumentou muito, o custo da alavancagem foi elevado devido ao movimento de mercado e espremeu a margem do ativo, em nossa visão o risco aumentou bem mais do que o retorno esperado, não nos deixando confortável para recomendar a compra”, comenta a analista.

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Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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