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Fusão B2W-Lojas Americanas: ação da Americanas S.A. recua 15,5% desde estreia na B3

23 jul 2021, 18:04 - atualizado em 23 jul 2021, 18:11
Americanas
Na fusão, o caixa e ativos operacionais da Lojas Americanas foram incorporados pela B2W (Imagem: Americanas/Youtube)

As ações Americanas (AMER3) recuaram 15,52% desde a conclusão da combinação dos negócios entre a empresa de comércio eletrônico B2W e sua controladora Lojas Americanas, de acordo com dados do fechamento desta sexta-feira (23).

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Na fusão, o caixa e ativos operacionais da Lojas Americanas foram incorporados pela B2W, que por sua vez foi renomeada para Americanas, passando a ser negociada sob o código AMER3.

Nesta sexta-feira, o Ibovespa (IBOV) caiu 0,87%, a 125.052,78 pontos, acumulando perda de 0,72% na semana e mostrando declínio de 1,38% no mês. No ano, ainda sobe 5,07%.

A baixa foi puxada por Vale (VALE3) e Magazine Luiza (MGLU3), em movimento descolado de bolsas no exterior e determinante para a performance negativa na semana.

4 razões para a queda das ações

Mas por que os papéis estão caindo? Para a XP Investimentos, existem possíveis quatro razões por trás desse movimento.

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A primeira é a prévia operacional do segundo trimestre divulgada pela companhia, que pode ter decepcionado o mercado. A XP acredita que a Americanas S.A. vai mostrar prejuízo líquido de R$ 42 milhões no período, pressionada pelo impacto negativo da fintech Ame Digital.

O segundo motivo é o aumento das incertezas em relação ao cenário macro. Os casos de Covid-19 em países com a campanha de vacinação mais acelerada voltaram a aumentar, levando a uma maior aversão ao risco e à volatilidade.

Além disso, a estabilização dos preços deve demorar alguns dias para acontecer, o que é normal. Como exemplo, a XP citou o caso do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e do Assaí (ASAI3).

“Muitos investidores estão ainda entendendo o que cada ação representa”, defendeu a corretora.

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Por fim, a XP vê os papéis negociando muito em cima do técnico/fluxo, e não do fundamento, gerando distorções.

“Além do rebalanceamento dos índices (Ibovespa, MSCI, FTSE), houve também um aumento no desconto de holding após a fusão (para algo em torno de 30% no fechamento de segunda-feira), criando uma possível arbitragem entre os dois papéis (LAME e AMER)”, explicou. A XP estima que o desconto esteja atualmente em torno de 28%.

A recomendação de compra para Americanas S.A. e Lojas Americanas foi mantida. Os preços-alvo indicados são de, respectivamente, R$ 82 e R$ 12 (tanto para ordinária quanto para preferencial).

Apesar do curto prazo volátil, a XP segue com uma boa visão sobre o ecossistema da companhia.

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Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
bruno.andrade@moneytimes.com.br
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.