Internacional

G7 manifesta “sérias preocupações” sobre mudanças eleitorais em Hong Kong

13 mar 2021, 15:42 - atualizado em 13 mar 2021, 15:42
Bandeiras Hong Kong China
O G7 divulgou um comunicado dizendo que a recente decisão de mudança no sistema eleitoral de Hong Kong indica que as autoridades chinesas estão determinadas a eliminar vozes e opiniões divergentes (Imagem: Reuters/Tyrone Siu)

Os ministros das Relações Exteriores do grupo de países do G7, incluindo Estados Unidos e Grã-Bretanha, expressaram grande preocupação com o que disseram ser a decisão da China de erodir fundamentalmente os elementos democráticos do sistema eleitoral em Hong Kong.

O G7 divulgou um comunicado que foi publicado no Twitter pelo ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, dizendo que a recente decisão de mudança no sistema eleitoral de Hong Kong indica que as autoridades chinesas estão determinadas a eliminar as vozes e opiniões divergentes.

“Também apelamos à China e às autoridades de Hong Kong para que restaurem a confiança nas instituições políticas de Hong Kong e acabem com a opressão injustificada daqueles que promovem os valores democráticos e a defesa dos direitos e liberdades”, afirma o G7 no documento.

Em uma declaração neste sábado, Raab disse que a Grã-Bretanha agora considera a China como “em estado de descumprimento contínuo da Declaração Conjunta”. Ele se referiu ao acordo de 1984 entre a Grã-Bretanha e a China, que deveria garantir certas liberdades políticas em Hong Kong após o retorno da cidade ao controle chinês em 1997.

“A China deve agir de acordo com suas obrigações legais e respeitar os direitos e liberdades fundamentais em Hong Kong”, acrescentou Raab.

O parlamento da China aprovou na quinta-feira um projeto de lei para mudar o sistema eleitoral de Hong Kong, reduzindo ainda mais a representação democrática nas instituições da cidade e introduzindo um mecanismo para verificar a lealdade dos políticos a Pequim.

As medidas são parte dos esforços de Pequim para consolidar seu controle cada vez mais autoritário sobre o centro financeiro asiático após a imposição de uma lei de segurança nacional em junho de 2020, que os críticos veem como uma ferramenta para esmagar a dissidência.

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