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Gangorra brusca do boi Cepea mostra influência dos pequenos agentes na formação de preços

08 dez 2021, 9:50 - atualizado em 08 dez 2021, 9:58
Mercado do boi gordo entrou em acomodamento nos últimos dias com a folga dos grandes frigoríficos (Imagem: Reprodução/Embrapa)

O indicador do boi gordo do Cepea registrou nos últimos três dias uma sequência de oscilações bruscas que mostram uma característica de sua metodologia.

Pelo cenário de São Paulo, na sexta caiu 3,51%, avançou 2,92% na segunda e, ontem, recuou mais 1,74%, para fechar em R$ 316,50 (livre de Funrural), enquanto se nota oscilações em margens muito menores nas chamadas referências de mercado que divulgam diariamente suas cotações.

Na ponderação diária de preços pode estar se sobressaindo o peso de negócios informados por médios e pequenos agentes do mercado. Entre esses informantes, também estão presentes os frigoríficos e não apenas os produtores.

E ao alcance do levantamento da instituição da Esalq, cujo indicador serve para liquidar os contratos futuros na B3 (B3SA3), estão regiões com baixa intensidade na pecuária, como o Vale do Ribeira.

Com poder de negociação mais acanhado e necessidades diferentes dos produtores e frigoríficos maiores, movimentam, ocasionalmente, o comércio diário com maior número de participantes, embora não necessariamente em grandes volumes de animais.

Ou seja, um número maior de notas fiscais, independente da quantidade negociada.

Nos últimos dias, por exemplo, tanto as referências da Scot Consultoria quanto o Balizador GPB Datagro, mostraram cotações com oscilações mais equilibradas, dentro da margem de pressão que o setor entrou.

E nenhuma registrou alta do boi gordo na segunda, por exemplo, muito menos tão excessiva quanto a do Cepea.

O índice do Grupo Pecuária Brasil, que só traz informações dos pecuaristas, inclusive apontou queda de quase 0,50%.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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