Consumo

Gastos dos consumidores dos EUA se recuperam em maio; maior salto histórico

26 jun 2020, 11:39 - atualizado em 26 jun 2020, 11:39
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Os gastos do consumidor dos Estados Unidos aumentaram 8,2% no mês passado, o maior salto desde que o governo começou a acompanhar a série (Imagem: Unsplash/@freestocks)

Os gastos dos consumidores norte-americanos se recuperaram a um ritmo recorde em maio, mas os ganhos provavelmente não serão sustentáveis, visto que a renda está caindo e deve haver um declínio ainda maior à medida que milhões deixarem de receber os cheques de auxílio-desemprego a partir do próximo mês.

O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, aumentaram 8,2% no mês passado. Esse foi o maior salto desde que o governo começou a acompanhar a série, em 1959.

Os gastos do consumidor caíram a um recorde de 12,6% em abril.

Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos dos consumidores aumentariam 9,0% em maio. O aumento nos gastos no mês passado refletiu a reabertura de muitas empresas após um bloqueio iniciado em meados de março para controlar a expansão do Covid-19.

Os consumidores intensificaram as compras de veículos e bens de lazer. Eles também aumentaram os gastos com saúde, restaurantes e hotéis.

Mas a renda pessoal caiu 4,2%, maior queda desde janeiro de 2013, depois de saltar um recorde de 10,8% em abril, quando o governo entregou cheques de 1.200 dólares a milhões de pessoas e aumentou os benefícios de auxílio-desemprego para amortecer as dificuldades causadas pelo Covid-19.

chart consumer spending in may 2020

Os pagamentos fazem parte de um pacote fiscal histórico no valor de quase 3 trilhões de dólares. A queda na renda no mês passado refletiu uma redução nos pagamentos do governo relacionados à pandemia.

O governo norte-americano deixará de pagar 600 dólares adicionais por semana em auxílio-desemprego a partir de 31 de julho.

Os gastos do consumidor em maio foram financiados pelas poupanças, reduzindo a taxa de poupança para 23,2%, ainda alta, ante nível de 32,2% em abril.

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