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Gerdau é o melhor jeito de lucrar com siderúrgicas, diz Credit Suisse

13 dez 2019, 16:44 - atualizado em 13 dez 2019, 16:45
Gerdau, linha de produção de aços longos
Temperatura máxima: cenário é positivo para a Gerdau no Brasil e no exterior (Imagem: Divulgação/Gerdau/Facebook)

O Credit Suisse derramou-se em elogios à Gerdau (GGBR4) em relatório divulgado nesta sexta-feira (13). Assinado pelo analista Caio Ribeiro, o texto afirma que a empresa está no melhor de dois mundos e, por isso, é a mais indicada para quem deseja lucrar com a retomada do setor siderúrgico.

“No geral, vemos a Gerdau como o melhor veículo para se posicionar para a recuperação do setor de aço no Brasil”, afirma Ribeiro, que reforça sua recomendação de outperform (desempenho esperado para os próximos 12 meses acima da média do mercado).

O preço-alvo para as preferenciais GGBR4 é de R$ 21, o que representa um ganho potencial de 37% sobre o fechamento de referência.

O Credit Suisse lista, pelo menos, cinco motivos para se animar com a Gerdau nos próximos meses.

1. Retomada da construção civil

A Gerdau é uma das maiores produtoras de aços longos (vergalhões) do país, um material essencial para a construção civil. Diante do reaquecimento do mercado imobiliário, a siderúrgica projeta um incremento de 6% a 8% na demanda de aços longos em 2020.

2. Reajuste de preços

A velha lei da oferta e da procura está em ação. Com a maior demanda, a Gerdau está reajustando seus preços. A empresa já os elevou em cerca de 4% nos últimos meses, dos 7% que busca até o fim do ano. Para janeiro de 2020, a companhia já pensa em iniciar um novo ciclo de alta, na casa de 8% a 12%.

Construção
Clientes de volta: construção civil é o principal combustível para o avanço da Gerdau em 2020 (Imagem: Divulgação/Gerdau)

3. Espaço para administrar as vendas

Entre 25% e 30% das vendas da Gerdau ocorrem, atualmente, no exterior. Segundo o Credit Suisse, caso a demanda brasileira cresça de modo sustentável, é possível reduzir essa fatia para cerca de 10% a 15%. A manobra aumentaria a margem de lucro, já que os produtos vendidos por aqui apresentam um prêmio em relação aos exportados.

4. Boas margens nos EUA

A Gerdau possui plantas na América do Norte e se beneficia, por isso, do cenário favorável nos Estados Unidos. O spread do aço no mercado americano está em US$ 400 por tonelada, acima da média histórica de US$ 350. E a melhor notícia é que esse patamar deve se manter no próximo ano.

5. Maior demanda de aços especiais

A demanda de aços especiais (usados, entre outros, na construção naval) não mostra sinais animadores nos Estados Unidos. Já na América do Sul, a incógnita é a Argentina. De qualquer modo, a Gerdau espera que o mercado brasileiro cresça em 2020 e compense o eventual marasmo de outros lugares.

Os investidores parecem concordar com o Credit Suisse. Nesta sexta-feira, as ações da Gerdau estão entre as maiores altas. A Gerdau Metalúrgica (GOAU4), holding que controla a siderúrgica, subia 4,44% por volta das 16h25, cotada a R$ 8,46.

Os papéis da fabricante de aços acompanhavam. As preferenciais (GGBR4) avançavam 2,79%, a R$ 18,41; as ordinárias (GGBR3), 2,70%, para R$ 15,21. No mesmo instante, o Ibovespa subia 0,14% e marcava 112.359 pontos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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