Gerdau (GGBR4): BTG vê preços próximos do piso no Brasil, enquanto operação nos EUA segue forte; é hora de comprar?

A Gerdau (GGBR4) continua se destacando entre as siderúrgicas por sua diversificação geográfica e disciplina financeira, de acordo com relatório do BTG Pactual divulgado nesta semana.
Segundo os analistas, o cenário segue dividido: enquanto o Brasil ainda enfrenta pressão de importações e preços fracos, o mercado norte-americano permanece sólido, sustentado por tarifas comerciais e demanda aquecida.
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O banco destaca que a Gerdau acompanha de perto investigações antidumping (envolve saber se uma empresa exporta um produto por um preço inferior ao que cobra no seu próprio mercado de origem) sobre fio-máquina e aço laminado a quente (HRC), que representam até 35% da operação local.
O recuo das importações nos últimos meses também contribuiu para algum reequilíbrio do mercado.
Nos Estados Unidos, a companhia mantém alta utilização de capacidade — entre 90% e 95% nos aços longos —, beneficiando-se de margens elevadas e perspectivas positivas em setores como automotivo e manufatura.
O projeto de mineração Miguel Burnier, em Minas Gerais, segue dentro do cronograma e deve começar a operar parcialmente em dezembro, com ramp-up total ao longo de 2026.
O empreendimento deve reduzir significativamente o custo do minério de ferro, afirma o banco.
O BTG também reforça a preferência da Gerdau por recompras de ações em vez de dividendos, com o programa atual já 85% executado. A companhia não pretende elevar o endividamento para aumentar distribuições.
Com menor capex e a expectativa de maior geração de caixa nos próximos anos, o BTG vê a Gerdau como um “outlier” do setor, apoiada pela tração das operações nos EUA e pela expansão de Miguel Burnier.
Assim, o banco manteve a recomendação de compra para as ações e o preço-alvo em R$ 20, o que implica potencial de alta de cerca de 13% em relação à cotação atual.
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