Resultados

Gerdau (GGBR4) divulgará resultados nesta terça (8); o que o mercado está esperando?

08 ago 2023, 15:53 - atualizado em 08 ago 2023, 15:53
Metalúrgica Gerdau
Gerdau deve mostrar desaceleração nos números, segundo Genial (Imagem: REUTERS/David McNew)

A Gerdau (GGBR4) é a próxima empresa do setor de mineração e siderurgia a reportar seus resultados do segundo trimestre do ano.

O balanço está marcado para sair nesta terça-feira (8), após o fechamento do mercado, e a expectativa é de desaceleração, com custos nas operações do Brasil e da América do Norte machucando um pouco, mas com o segmento de aços especiais mostrando um bom desempenho, segundo a Genial Investimentos.

Brasil e América do Norte

Na avaliação da corretora, as operações no Brasil devem apresentar dinâmicas opostas entre mercado interno e mercado externo para volumes.

Após um trimestre de recuperação para o mercado interno, os volumes devem recuar, levando a uma baixa de 2,6% e 10,7% trimestre a trimestre e ano a ano, respectivamente, diz a Genial.

“Ainda que a Gerdau demonstre mais resiliência que os pares com relação a essa dinâmica deteriorada para as vendas domésticas, o cenário não está fácil para o mercado como um todo, e isso será refletido na falta de apetite pelos clientes da companhia em aceitarem aumentos ou até mesmo, manutenção de preços”, avalia.

Por outro lado, no mercado externo, os analistas esperam ver uma recuperação, a caminho da normalização perante níveis históricos.

“Acreditamos que o backlog de pedidos ainda está se mantendo resiliente, com 60 dias já contratados, segundo conversa recente que tivemos com a companhia”, destaca.

Apesar de um consenso mais pessimista em relação às empresas siderúrgicas, a Gerdau parece estar conseguindo conservar um nível de estabilidade de vendas nas operações no Brasil, sem perder muito espaço para o aço importado, diz a Genial.

Para as operações da América do Norte, a Genial projeta uma queda de high single digit para os volumes devido a reajustes positivos nos preços e o fato de clientes operarem com estoques mais baixos, por possuírem expectativa de posterior queda nos preços.

Há, no entanto, uma perspectiva de melhora no volume da América do Norte daqui em diante, com o apoio do pacote de infraestrutura trilionário aprovado nos Estados Unidos.

“Não obstante, o cenário macroeconômico segue mostrando sinais de melhoras, com o quadro de recessão sendo continuamente empurrado para frente nos EUA”, completa a Genial.

O consenso do mercado espera por um lucro líquido de R$ 2,12 bilhões no segundo trimestre do ano e Ebitda de R$ 3,88 bilhões, enquanto a receita líquida esperada é de R$ 18,7 bilhões. Os dados são de um levantamento da Bloomberg.

Recomendação para ações

A Genial acredita que as ações da Gerdau não devem mais subir tanto no curto prazo. A corretora diz, inclusive, que os investidores “provavelmente reagirão de maneira negativa ao resultado após a sua divulgação, com perda sequencial em níveis relevantes de Ebitda, margem e lucro”.

“Gostamos bastante da tese de investimentos da companhia, e sem dúvida, é uma empresa mais protegida em ciclo de baixa que outros pares nacionais. Porém, não conseguimos ver no curto prazo razões que justifiquem as ações atingindo um patamar próximo do que foi visto em 2021 (R$34,00 all time high dos últimos 10 anos vs. R$29,16 atuais). Foram anos com dinâmicas completamente diferentes das atuais”, diz o time de análise.

A recomendação do Genial para GGBR4 é de “manter”, com preço-alvo de R$ 32.

O Bank of America (BofA) defende a perspectiva de um conjunto de resultados mais resiliente por parte da Gerdau dentro do setor, com recomendação de compra do papel, pois continua vendo um cenário relativamente melhor para aços longos vs. planos tanto no Brasil quanto nos EUA, além de perspectivas atrativas de retorno de caixa.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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