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Ibovespa (IBOV) sobe, com inflação e MGLU3 no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (10)

10 maio 2024, 10:21 - atualizado em 10 maio 2024, 10:21
ibovespa
Ibovespa abre pregão desta sexta-feira (10) em alta, digerindo IPCA e balanços corporativos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (10) em alta, avançando 0,30%, a 128.576 pontos, por volta das 10h10.

Na véspera, o índice fechou em queda, após o Copom anunciar uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa Selic. A decisão do comitê ficou dividida entre os dirigentes, o que desagradou o mercado.

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Hoje, o mercado digere os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta manhã, além da repercussão dos balanços do primeiro trimestre de 2024, com destaque para Magazine Luiza (MGLU3).



O dólar recuava frente ao real nesta sexta com investidores realizando lucros após salto do dólar na véspera, enquanto os mercados continuavam de olho na política monetária do Federal Reserve e nas divisões dentro da diretoria do Banco Central do Brasil.

Day Trade:

5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa hoje (10)

IPCA sobe 0,38% em abril e acumula alta de 1,80% no ano

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,38% em abril — apontando para uma aceleração em relação à alta de 0,16% apurada em março.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10), o IPCA já acumula alta de 1,80% no ano e de 3,69% nos últimos 12 meses.

Dos nove grupos do IPCA, sete tiveram alta em março, com destaque para saúde e cuidados pessoais — que registrou a maior variação (1,16%) e o maior impacto (0,15 p.p.).

Embora importantes, o analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, avalia os dados como menos cruciais do que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada na próxima semana, devido ao comunicado confuso, que revelou desacordo interno significativo.

Magazine Luiza (MGLU3) vira o jogo e fecha 1T24 no lucro

Magazine Luiza (MGLU3) encerrou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 29,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 391,2 milhões do mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (09).

A cifra ficou acima das expectativas de analistas da Genial, por exemplo, que esperavam lucro de R$ 19 milhões.

Dessa forma, a varejista, que engatou uma sequência de trimestres seguidos de prejuízo, consolida o momento de recuperação operacional, apesar do número ainda negativo dos papéis na bolsa.

Ebitda, que mede o resultado operacional, disparou 111,3%, a R$ 684 milhões, enquanto a margem Ebitda somou 7,4%, a maior em quatro anos.

Já o Ebitda ajustado também subiu, embora em menor ritmo. O indicador somou R$ 687 milhões, alta de 53,5%. Segundo Rossini, trata-se de uma expansão histórica, já que o primeiro trimestre, sazonalmente, é mais fraco devido ao pagamento de fornecedores.

Analistas da Ágora Investimentos esperam uma reação positiva no pregão de hoje, tendo em vista que os números do primeiro trimestre de 2024 proporcionaram um passo mais claro para reduzir o risco das preocupações com a estrutura de capital do Magalu.

  • Magazine Luiza deu a volta por cima? Varejista finaliza o 1T24 no lucro, revertendo o prejuízo do ano anterior. O que fazer com MLGU3 agora? Confira a recomendação do chefe de análise de ações da Órama, Phil Soares, em participação inédita no Giro do Mercado: 

B3 (B3SA3): Lucro cai mais 12,8% no 1T24 e chega a R$ 949 milhões com ambiente de bolsa ruim

A B3 (B3SA3) registrou lucro líquido atribuído aos acionistas de 949,6 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 12,8% ano a ano, em meio a um cenário “adverso” para o mercado de ações, segundo a companhia.

O lucro líquido recorrente da operadora da bolsa foi de 1,13 bilhão de reais nos três meses encerrados em março, 7,1% menor do que o registrado no mesmo período em 2023, conforme relatório de resultados divulgado na quinta-feira.

O analista Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, aponta que os dados do trimestre ficaram em linha com o esperado. No entanto, a casa mantém visão cautelosa com B3 e espera uma reação neutra no pregão desta sexta-feira.

Haddad consegue acordo na reoneração da folha e imposto já tem data para voltar

O ministro da FazendaFernando Haddad, anunciou que chegou a um acordo em relação desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.

Ao lado do presidente do SenadoRodrigo Pacheco, Haddad detalhou que a desoneração será mantida até 31 de dezembro 2024. Depois disso, será adotada uma reoneração gradual entre 2025 e 2028. Confira abaixo o cronograma do governo:

  • 2024 – Manutenção da atual desoneração da folha de salários;
  • 2025 – 5% sobre o total dos salários;
  • 2026 – 10% sobre o total dos salários;
  • 2027 – 15% sobre o total dos salários;
  • 2028 – Fim da desoneração e retomada da alíquota de 20% do total dos salários.

Criada em 2011, a desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por uma taxação que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Segundo os setores beneficiados, essa redução de impostos ajuda na empregabilidade.

A retomada dos impostos pode ajudar a equipe econômica a chegar mais perto da meta de zerar o déficit fiscal.

Haddad ainda irá se reunir com representantes dos municípios para negociar a desoneração das cidades com até 156,2 mil habitantes.

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Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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