Gerdau (GGBR4): Momento nos EUA está mal refletido nas ações, diz BTG; é hora de comprar?

O BTG Pactual atualizou seu modelo simplificado de avaliação para a Gerdau (GGBR4) e reforçou a visão de que a companhia segue negociada com desconto relevante, especialmente diante das perspectivas de resultados até 2026.
O banco tem recomendação de compra para o papel, com um preço-alvo de R$ 20 – o que representa um potencial de valorização de 20% -, de acordo com relatório assinado por Leonardo Correa e Marcelo Arazi.
- CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamente
Segundo os analistas, a companhia passa por um ambiente de “duas velocidades”: enquanto o Brasil enfrenta deflação inédita nos preços do aço, pressão das importações, falta de apoio governamental e demanda enfraquecida, o mercado norte-americano mostra uma dinâmica bem mais favorável.
Nos EUA, o momento é de alta de pedidos e ganhos no curto prazo, ainda mal refletidos nos preços, apesar das incertezas em torno das tarifas de importação, na avaliação do banco.
Hoje, a América do Norte já responde por uma fatia relevante do Ebitda da Gerdau, mas, para o BTG, o mercado ainda precifica a empresa como se fosse uma operação puramente brasileira.
O banco vê pouco espaço para queda nas ações nos níveis atuais e acredita que os números de 2026 podem levar investidores a revisarem seu pessimismo.
Para 2026, a projeção é de capex menor, entre R$ 4,8 bilhões e R$ 5 bilhões, com entrega de projetos que devem aumentar o Ebitda, como minério de ferro e expansão de capacidade de laminação.
Nas contas do BTG, a Gerdau negocia a menos de 4 vezes o Ebitda projetado para 2025, com retorno de fluxo de caixa livre (FCF yield) próximo de 11% em 2026 — patamar considerado atrativo.