Gerdau vive melhor momento em muitos anos (e pode melhorar mais ainda)

A Gerdau (GGBR4) está de bem com a vida e com o mercado. Esta é a conclusão a que se chega, após os primeiros relatórios analisando seu balanço do terceiro trimestre, divulgado ontem (28). Além de surpreender com uma forte geração de caixa, a siderúrgica mostrou que tem fôlego para crescer por vários trimestres.

Thiago Lofiego e Luiza Mussi, que assinam o relatório da Ágora Investimentos, lembram que o ebitda de R$ 2,1 bilhões foi o maior reportado pela Gerdau em um trimestre desde 2008. Esse desempenho foi fundamental para a geração de caixa livre de R$ 2,3 bilhões.

Para a Ágora, a Gerdau ainda pode melhorar os resultados nos próximos trimestres, à medida que a economia se recupere no Brasil e nos exterior, onde a empresa mantém operações, e o reajuste de preços dos aços longos seja totalmente incorporado às contas.

Estrutura sólida

No BTG Pactual (BPAC11), os analistas Leonardo Correa, Caio Greiner e Ricardo Cavalieri também defendem a tese de que o balanço reflete os fundamentos sólidos da empresa, mais do que qualquer fator circunstancial.

O trio destaca o forte crescimento da receita, a baixa alavancagem, a geração de caixa consistente e a atuação em um mercado (o imobiliário) que ainda tem muito para avançar no Brasil.

“Pela primeira vez, em anos, acreditamos que a empresa está bem posicionada para repassar aumentos de preços e superar as expectativas”, afirmam os analista do BTG Pactual.

Conrado Vegner e Victor Chen, do Banco Safra, compartilham a avaliação dos demais analistas de que, apesar de uma desaceleração do crescimento do mercado imobiliário, o setor ainda vive um momento favorável, o que abre espaço para a Gerdau aumentar seus preços.

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