Market Makers

Gestor vê ‘Guerra Fria’ em curso e aponta 3 tendências para os investimentos

03 maio 2023, 11:16 - atualizado em 03 maio 2023, 11:16
João Landau, no podcast MM
João Landau, no podcast Market Makers (Reprodução)

Gestor da Vista Capital, João Landau questiona se Estados Unidos e China já não estão em uma “Guerra Fria” e revela que a casa tem uma posição pequena em ouro via opções. 

“Há dois ou ou três meses saiu [na imprensa] que empresas chinesas tinham vendido coletes balísticos para a Ucrânia, três meses atrás saiu que a China queria apertar laços militares com a Rússia”, comenta. “Os EUA já estão trazendo fábrica de chip de volta para o país”.

Para Landau, que falou ao 42º episódio do Market Makers, talvez tudo que vai acontecer no mundo nos próximos anos – e que é relevante para os mercados – esteja sendo definido agora.

“A gente fica se questionando o que eles vão comprar. Ouro é uma coisa meio clara, mas ainda é uma posição pequena, porque o ativo andou, não paga juros”, destaca. “O melhor ativo que você pode comprar é aquele que tem um comprador claro – é o que está acontecendo hoje com o ouro”.

3 tendências

O gestor vê a disputa entre EUA e China como uma das principais tendências para os mercados, ao lado da crise bancária norte-americana e a tecnologia da Inteligência Artificial. Apesar disso, segundo ele, o momento da Vista é de estudo, com muita posição em caixa.

Landau vê ainda um poder “gigantesco” do dólar. “Se o EUA entram em uma guerra com China, metem uma ‘porrada’ no dólar e a China fica complicada”, afirma. “[A moeda] É mais importante do que o exército americano”.

Segundo ele, a China percebeu o risco envolvendo a divisa e vem tentando amenizar a dependência da moeda. Para o país, avalia, o mais relevante é a tecnologia – daí as sanções dos EUA, destaca.

Fim da tese do petróleo

Em meados 2022, o Vista Multiestratégia ganhava 60% no ano, mas nos últimos oito meses o fundo registra perdas de cerca de 30% – embora ainda com ganhos de 440% desde o início (2014), contra avanço de 98% do CDI.

A gestora esperava por uma disparada do petróleo e uma eventual queda da taxa básica de juros dos EUA – o que não aconteceu. “Eu acho que tem um erro de entender que as correlações mudaram”, disse Landau.

Há pouco mais de duas semanas, a gestora encerrou as apostas na alta no petróleo. A casa segue com uma visão estruturalmente pessimista quanto ao mercado local, mas diz é difícil ficar vendido em Brasil.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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