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Getnet pode subir 32%, diz Bradesco BBI em início de cobertura da ação

08 nov 2021, 15:46 - atualizado em 08 nov 2021, 15:53
Getnet Máquinas de Vendas
Empresa tem maior participação de mercado do que estava “implícito”, mas potencial é limitado por conta da concorrência, diz banco. (Imagem: Divulgação/Getnet)

A ação da Getnet (GETT11), que abriu capital em outubro após cisão com o Santander, tem um potencial de alta de 32% em 12 meses, a R$ 6,60, disse o Bradesco BBI nesta segunda-feira (8), em início de cobertura. O banco, no entanto, tem recomendação “neutra” para os papéis.

O grupo diz ver a empresa de maquininhas de cartão negociada a 8,4 vezes o múltiplo preço sobre lucro para 2022, acima da Cielo (7x), o par “mais comparável”. No entanto, o espaço para uma reclassificação para os níveis de outros pares seria “limitado”.

O Bradesco cita entre os limitadores a menor liquidez das ações, riscos de execução relacionados à estratégia de crescimento como empresa independente e potenciais riscos de conflito de interesses decorrentes do relacionamento com seu novo acionista controlador, o Grupo Santander.

“O mercado pode exigir evidências mais fortes com sua execução como uma empresa independente para que uma reclassificação se materialize”, diz trecho do relatório assinado por Otavio Tanganelli e Gustavo Schroden.

Participação de mercado

O Bradesco desta que a Getnet é a terceira maior credenciadora do Brasil (atrás da Cielo e da Rede) em termos de volumes, com 16% de participação da TPV (Volume Total de Pagamentos) no terceiro trimestre.

O número está acima de sua participação de mercado “natural” implícita na participação do Santander em empréstimos e depósitos no sistema financeiro, segundo o banco.

“A Getnet cresceu rapidamente para tais níveis, mas capturar ainda mais ganhos de market share neste contexto deve ser mais desafiador, pois a empresa já está consolidada com uma grande parcela de volumes”, disseram Tanganelli e Schroden.

Para os analistas, o cenário competitivo na aquisição de comerciantes tem sido difícil nos últimos anos, pressionando os MDRs líquidos — valor cobrado dos lojistas pelas adquirentes para o processamento de pagamentos via cartão de crédito e débito — à medida que os participantes do mercado continuam tentando garantir volumes maiores.

O Bradesco vê pouco espaço para expansão da taxa de aquisição de serviços de aquisição, com a expansão da receita se tornando mais dependente do crescimento do volume.

No entanto, o crescimento da indústria de cartões deve sustentar o ímpeto da companhia, dizem os analistas. A estimativa do CAGR — taxa de crescimento média ponderada — é de 15% dos volumes dos cartões nos próximos 5 anos.

Por volta das 15h desta segunda, as ações da Getnet eram negociadas a R$ 4,66, em alta de 0,87%.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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