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Gigante chilena de lítio aposta US$ 1,3 bilhão em “explosão” da demanda

11 set 2019, 10:16 - atualizado em 11 set 2019, 10:51
Sociedad Quimica & Minera Lithium Empresas Chile
Empresa faz aporte mesmo com excesso de oferta no mercado, o que levaram os preços da matéria-prima para o menor nível em dois anos (Imagem: Cristobal Olivares/Bloomberg)

A segunda maior produtora global de lítio planeja investir US$ 1,33 bilhão para aumentar a produção, mesmo diante da fraca demanda de curto prazo e do excesso de oferta no mercado que levaram os preços da matéria-prima para o menor nível em dois anos.

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“A demanda é incerta nos próximos três anos, mas, depois disso, vai explodir”, disse Ricardo Ramos, presidente da Soc. Quimica y Minera de Chile, durante conversa com investidores e analistas em Nova York na terça-feira. “As coisas podem melhorar em relação à situação atual, e precisamos estar preparados.”

A SQM, como a mineradora de lítio de Santiago é conhecida, pretende elevar a capacidade de produção até 2025 além das 160 mil toneladas anunciadas anteriormente. A empresa planeja anunciar a expansão adicional de lítio, usado em baterias recarregáveis, em 2020, disse Ramos.

A mineradora chilena aumenta a produção no momento em que a Albemarle, sua rival e maior produtora, decidiu suspender projetos de expansão orçados em US$ 1,5 bilhão.

Os preços globais do lítio caíram cerca de 30% em relação ao recorde de maio do ano passado, diante da oferta de novas minas na Austrália que inundou o mercado. Além disso, a decisão da China de reduzir os subsídios para carros elétricos causou incertezas sobre as perspectivas da demanda pela matéria-prima.

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Segundo os planos anunciados anteriormente, a SQM aumentaria sua capacidade em quase quatro vezes em seis anos, em relação às 46,8 mil toneladas em 2018.

A grande aposta da empresa contrasta com a redução de sua estimativa para a demanda global para entre 744 mil toneladas e 914 mil toneladas em 2025, comparadas à projeção anterior de 1 milhão de toneladas.

Mesmo sob a perspectiva mais pessimista da SQM, o consumo da matéria-prima ainda aumentaria 16% ao ano até 2025.

A previsão mais otimista da empresa indica um aumento de 20%. “Uma loucura”, disse Ramos durante sua apresentação aos investidores. Para atender a essa demanda, seria preciso uma nova grande mina de lítio em operação todos os anos.

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