Comprar ou vender?

Gol e Azul devem dominar mercado em cenário pós-covid 19, avalia BB

02 jun 2020, 14:45 - atualizado em 02 jun 2020, 16:53
Latam
No cálculo do BB Investimentos, a participação da Latam no mercado brasileiro deverá encolher para algo em torno de 28% a 32% (Imagem: REUTERS/Ivan Alvarado)

Com a recuperação judicial da Latam e a restruturação do setor por conta do coronavírusGol (GOLL4) e Azul (AZUL4) devem embarcar em uma nova fase de crescimento na participação do mercado de voos domésticos no Brasil.

É o que afirma o BB Investimentos em relatório enviado a clientes na última sexta-feira (29).

Para o analista Renato Hallgren, as dificuldades da aérea chilena provocará uma reorganização no espaço aéreo brasileiro.

“Ainda que as operações no Brasil não tenham sido incluídas no pedido de recuperação, acreditamos que a participação de mercado da Latam no Brasil poderá ser reduzida, confirmando assim uma nova configuração com Gol e Azul dominando o mercado brasileiro nos próximos anos”, prevê.

No cálculo do analista, a participação da Latam no mercado brasileiro deverá encolher para algo em torno de 28% a 32%.

“Com isso, a Azul poderá aumentar sua participação para até 30% e a Gol deve operar com até 40% de participação de mercado”, afirma.

Ele, porém, faz uma ressalva: para o ano de 2021, a demanda será menor que as vistas em 2018 e 2019.

Empresas certas para a retomada

Na avaliação de Hallgren, Gol e Azul fizeram a lição de casa nos últimos anos e estão prontas para estruturar a retomada do setor, de forma racional e eficiente.

aeroportos aviação
Questões como exigências sanitárias com relação a protocolos de higienização de aeronaves e passageiros devem impor às companhias inúmeros desafios (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

“Ainda que consideremos um cenário desafiador nos próximos trimestres, continuamos confiantes com as teses de investimentos da Gol e da Azul no longo prazo”, completou.

Dias longos pela frente

A recuperação do tombo por que passou o setor, que viu a demanda por passageiros medida em RPK (Passageiros‐Quilômetros Pagos Transportados) em abril despencar 93,1% e o aproveitamento por aeronaves atingir 65,4%, uma queda de 20,1% em relação a março de 2020, será desafiadora na visão do analista.

Questões como exigências sanitárias com relação a protocolos de higienização de aeronaves e passageiros, além da menor aglomeração nos aeroportos e redução no load factor (taxa de ocupação) dos aviões, devem impor às companhias inúmeros desafios.

“Com relação à segurança ou confiança dos passageiros em retomar suas viagens, exigirá das companhias um maior nível de comunicação e esclarecimento a respeito da transmissão do vírus dentro da aeronave”, afirma

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.