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Gol garante que dinheiro não é problema para incorporar Smiles

08 dez 2020, 19:01 - atualizado em 08 dez 2020, 19:01
Tá podendo: depois de um ano com o cinto apertado, Gol não tem medo do custo de incorporar a Smiles (Imagem: Divulgação/Smiles)

A Gol (GOLL4) tem todas as condições de arcar com os custos financeiros gerados pela incorporação da Smiles (SMLS3), empresa que administra seu programa de fidelidade, e não há motivos para o mercado se preocupar.

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Esta foi a mensagem repetida várias vezes pelo presidente da Gol, Paulo Kakinoff, e pelo seu vice-presidente financeiro, Richard Freeman Lark Jr, durante a teleconferência com analistas e jornalistas realizada nesta terça-feira (8) para explicar a proposta. “Ninguém tem dúvidas de que temos capacidade de gestão para isso”, afirmou Lark.

A operação envolverá um troca de ações e o pagamento de uma quantia em dinheiro para os acionistas da Smiles. Cada interessado deverá dizer como prefere receber o que tem direito, desde que nenhuma das parte supere 80%. Assim, o investidor poderá receber um mínimo de 20% e um máximo de 80% em dinheiro por sua parte na Smiles. O valor proposto é de R$ 22,32 por ação.

Um jumbo de dinheiro

Os primeiros relatórios de analistas sobre o plano indicam que, caso todos os acionistas optem por receber 80% de sua fatia em dinheiro, a Gol pode desembolsar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão.

Por isso, a apreensão do mercado é compreensível. O setor aéreo foi um dos mais prejudicados pela pandemia de coronavírus, já que as medidas de isolamento social praticamente paralisaram os voos do dia para a noite. Mesmo com as vacinas em fase de aprovação, os epidemiologistas não descartam uma segunda e até uma terceira onda da doença.

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Como se sabe, aviões no chão não geram caixa, e a Gol poderá ser forçada a desembolsar uma quantia considerável na transação. A Gol encerrou setembro com R$ 2,2 bilhões em caixa e equivalente. Em tese, seria mais do que suficiente para bancar a incorporação, mas o ponto é que a companhia vem queimando caixa. A posição de setembro é R$ 1,1 bilhão menor que a de junho.

Supertrunfo

Kakinoff e Lark enfatizaram a reestruturação de capital realizada nos últimos meses, bem como a pista livre para acessar o mercado internacional de capitais. Um de seus principais trunfo é contar com US$ 1 bilhão em ativos disponíveis, como peças e motores, que podem ser usados como garantia real para empréstimos.

“O impacto no caixa da Gol, em abril, será zero”, afirmou Lark, durante a teleconferência. O executivo afirmou que a empresa continuará tomando providências para fortalecer sua estrutura de capital. Além disso, ele classificou a operação como “autofinanciável”, já que as sinergias criadas pela incorporação da Smiles, nos próximos anos, serão elevadas.

Veja a apresentação da Gol na teleconferência desta terça-feira.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
marcio.juliboni@moneytimes.com.br
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