Internacional

Governo Biden pressiona sindicatos e empresas para evitar paralisação de ferrovias

12 set 2022, 16:49 - atualizado em 12 set 2022, 16:49
Um funcionário da Casa Branca disse à Reuters que o presidente Joe Biden foi informado e está acompanhando a questão de perto (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque)

O governo Biden pediu às empresas e sindicatos que cheguem a um acordo para evitar uma paralisação de ferrovias nos Estados Unidos que poderia custar 2 bilhões de dólares por dia.

Empresas de ferrovias, incluindo Union Pacific, BNSF, da Berkshire Hathaway, CSX e Norfolk Southern têm até um minuto após a meia-noite de sexta-feira para chegar a acordos provisórios com sindicatos que representam cerca de 60.000 trabalhadores.

Caso um acerto não seja alcançando, abre-se a possibilidade de greves, piquetes e intervenção do Congresso.

O secretário do Trabalho dos EUA, Marty Walsh, está adiando uma viagem à Irlanda para seguir com as negociações, informou o departamento nesta segunda-feira.

“As partes continuam a negociar, e ontem à noite o secretário Walsh novamente se comprometeu a pressionar as partes a chegar a uma resolução que evite qualquer paralisação do nosso sistema ferroviário”, disse um porta-voz do Departamento do Trabalho. “Todas as partes precisam ficar à mesa, negociar de boa fé para resolver questões pendentes e chegar a um acordo.”

Um funcionário da Casa Branca disse à Reuters que o presidente Joe Biden foi informado e está acompanhando a questão de perto.

Interrupções generalizadas nas ferrovias podem sufocar o suprimento de alimentos e combustível, gerar caos no transporte e elevar a inflação.

Os sindicatos, que ganharam aumentos salariais significativos, estão se opondo às exigências que os funcionários fiquem de plantão e disponíveis para trabalhar na maioria dos dias.

As empresas estão tendo dificuldades para recompor pessoal após cortes que chegaram a quase 30% nos últimos seis anos.

As empresas estão tendo dificuldades para recompor pessoal após cortes que chegaram a quase 30% nos últimos seis anos (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

Ao meio-dia de terça-feira, a Norfolk Southern deixará de aceitar cargas intermodais: mercadorias que se movimentam por combinações de transporte marítimo, rodoviário e ferroviário.

Essas remessas incluem bens de consumo e pacotes de comércio eletrônico que respondem por quase metade do tráfego ferroviário dos EUA.

Isso pode elevar os estoques existentes em portos marítimos e armazéns da Costa Leste, causando atrasos em cascata em todo o país, à medida que os agricultores se preparam para a colheita e os varejistas reabastecem as lojas para a importante temporada de compras de Natal.

Grupos da indústria dos EUA estão pressionando o Congresso para evitar o pior cenário.

“Uma paralisação do serviço ferroviário do país teria enormes consequências nacionais”, disse a Câmara do Comércio nesta segunda-feira, acrescentando que o cenário levaria ao desperdício de alimentos perecíveis, interrupção da entrega de mercadorias e limitaria o transporte de combustível e produtos químicos.

No final da semana passada, as ferrovias disseram que iriam interromper nesta segunda-feira os carregamentos de materiais perigosos, como cloro usado para purificar água potável e produtos químicos usados ​​em fertilizantes, para que não fiquem presos em locais inseguros em caso de greve.

Até domingo, oito dos 12 sindicatos chegaram a acordos provisórios cobrindo cerca de metade dos 115.000 trabalhadores, disse a Conferência Nacional do Trabalho Ferroviário (NRLC).

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