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Governo do Reino Unido cortará financiamento da BBC, diz jornal

17 jan 2022, 11:51 - atualizado em 17 jan 2022, 11:51
BBC
A BBC se recusou a comentar o tuíte de Dorries ou a reportagem do Mail on Sunday (Imagem: REUTERS/Toby Melville)

O governo do Reino Unido cortará o financiamento da BBC ordenando um congelamento de dois anos da taxa que as pessoas pagam para assistir à emissora, informou o Mail on Sunday.

O futuro da British Broadcasting Corporation é um tópico perpétuo de debate político, com o governo do primeiro-ministro Boris Johnson sugerindo mais recentemente que seu financiamento precisa ser reformado.

Diante de uma taxa de inflação que deve atingir um pico em 30 anos de 6% ou mais em abril, congelar o custo da licença em seus atuais 159 libras (217,40 dólares) proporcionaria algum alívio aos consumidores que lutam contra o aumento acentuado do custo de vida.

Mas também seria um grande golpe para as finanças da BBC, que tenta competir com agências de notícias financiadas por fundos privados e serviços como a Netflix e outros streamings de entretenimento financiados por assinaturas de consumidores.

O departamento de Digital, Mídia, Cultura e Esporte se recusou a comentar quando perguntado sobre a reportagem do Mail on Sunday.

A secretária de Cultura, Nadine Dorries, disse que o acordo da taxa de licença seria o último acordo desse tipo e tuitou um link para o artigo do Mail on Sunday.

“Agora é hora de discutir e debater novas formas de financiamento, apoio e venda de ótimo conteúdo britânico”, disse ela no Twitter.

A BBC se recusou a comentar o tuíte de Dorries ou a reportagem do Mail on Sunday. Já o Partido Trabalhista de oposição disse que o corte de financiamento foi politicamente motivado.

“O primeiro-ministro e a secretária de Cultura parecem determinados a atacar esta grande instituição britânica porque não gostam de seu jornalismo”, disse Lucy Powell, parlamentar trabalhista e chefe de política cultural.

A produção de notícias da BBC é regularmente criticada pelos partidos políticos do Reino Unido. Sua cobertura das questões do Brexit –central para o governo de Johnson– há muito é vista como excessivamente crítica pelos defensores da saída da União Europeia.

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