Rodovias

Governo estuda modelo de concessão de rodovias que reduz risco se tráfego frustrar

09 set 2022, 15:50 - atualizado em 09 set 2022, 15:50
Avenida Brasil
Uma das autoridades explicou que o modelo atual transfere quase todo o risco de demanda para os concessionários, o que acaba ampliando custos aos consumidores (Imagem: REUTERS/Lucas Landau)

O governo está avaliando um novo modelo de concessão de rodovias para reduzir riscos às concessionárias se o fluxo de usuários ao longo do contrato for menor que o esperado, com flexibilidades que incluem adiamento do cronograma de obras, extensão de prazo de vigência e aumento de tarifa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com duas fontes a par do assunto, o estudo para o novo modelo foi concluído em agosto pelo Ministério da Economia e apresentado ao Ministério da Infraestrutura, responsável pelos projetos. O sistema não depende de aprovação legislativa e, se for acatado, valerá apenas para novos contratos.

Uma das autoridades explicou que o modelo atual transfere quase todo o risco de demanda para os concessionários, o que acaba ampliando custos aos consumidores.

“Se o tráfego for muito alto, a receita será muito alta e o concessionário vai embolsar aquele recurso, naturalmente. Se for muito baixo, ele será obrigado a fazer uma obra desnecessária e o usuário pagará a conta porque o concessionário coloca isso (esse risco nos cálculos) ao precificar a licitação. E quando o concessionário quebra, ele devolve a concessão sem fazer a obra”, disse uma das fontes.

Em alguns casos, o governo já coloca gatilhos para adiamento de investimentos se a demanda for baixa, mas isso é feito na assinatura dos contratos, que costumam ter décadas de duração, o que dificulta a definição da modelagem. Pelo novo sistema, a avaliação seria feita a cada quatro ou cinco anos, com parâmetros definidos apenas nesses pontos ao longo do contrato.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ideia, segundo as fontes, é que a primeira ação nesses casos seja a autorização para adiar ou suprimir obras. Se estiver no fim da vigência da concessão e não houver mais investimento a ser feito, o contrato poderia ser alongado. Em último caso, seria liberado um aumento da tarifa para usuários.

Com esse compartilhamento de risco de demanda, o Ministério da Economia estima que a redução do custo final para o usuário será de 8% a 22%.

Uma das fontes afirmou que o modelo não gera riscos ao Orçamento público, não havendo previsão de pagamentos pelo Tesouro Nacional.

Atualmente, quando há frustração de demanda em concessões de infraestrutura de modais como rodovias e aeroportos, ajustes no contrato são negociados entre as concessionárias e o governo para compensar perdas de receita.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os ajustes podem envolver aumento de tarifas, ampliação do prazo do contrato ou compensação direta com recursos públicos.

Vários desses pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro foram feitos por administradoras desses modais nos últimos dois anos devido aos efeitos das medidas de isolamento social para conter a pandemia da Covid-19.

Siga o Money Times no Facebook!

Curta nossa página no Facebook e conecte-se com jornalistas e leitores do Money Times. Nosso time traz as discussões mais importantes do dia e você participa das conversas sobre as notícias e análises de tudo o que acontece no Brasil e no mundo. Siga agora a página do Money Times no Facebook!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar