Economia

Greve no Banco Central? Concurso público desagrada servidores, que podem reforçar paralisações; entenda

19 jul 2023, 15:28 - atualizado em 19 jul 2023, 15:28
Banco Central
Banco Central pode interromper alguns serviços, conforme comunicado do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Interrupções em alguns serviços do Banco Central podem acontecer com cada vez mais frequência, conforme diz o comunicado oficial do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), assinado pelo presidente Fábio Faiad.

No documento, Faiad explicou a tensão entre os funcionários da autarquia e a ministra da gestão e da inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck. E o recente anúncio de abertura de vagas para concurso público acalmou os ânimos.

Isso porque, Dweck se reuniu com entidades representativas do corpo técnico do BC e recebeu reivindicações dos funcionários do órgão, que pedem por avanços na reestruturação da carreira. Segundo o comunicado, houve uma indisposição do governo em avançar nesse sentido.

“Agora, os ânimos da categoria estão inflamados com a possibilidade de realização de um concurso público, sem que as pautas colocadas pela categoria sejam solucionadas”, disse Faiad.

As principais mudanças propostas na reestruturação de carreira dos servidores do Banco Central incluem:

  • exigência de ensino superior para o cargo de técnico: os servidores têm pedido que o cargo de técnico seja considerado como de nível superior;
  • alteração de nomenclatura para o cargo de analista: a proposta também envolve a alteração de nomenclatura para o cargo de analista para Auditor, termo mais condizente com as atividades realizadas.

 

Banco Central: concurso é inoportuno?

Para o Sinal, neste momento, a realização de um concurso é inoportuna, além de uma forma de inviabilizar a pauta reivindicatória da categoria.

“Dentro de um cenário de sucateamento da autarquia e de desmotivação funcional, o concurso público atrairia candidatos com formação educacional de segundo grau ou interessados em usar o BC apenas como trampolim para outras carreiras com remuneração superior”.

Já com a reestruturação de carreira, o resultado seria o oposto, segundo Faiad, pois o concurso atrairia candidatos com maior nível de escolaridade e a autarquia conseguiria manter em seus quadros os novos servidores com maior qualificação.

Veja o documento:

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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